ELON MUSK SE UNE À CAMPANHA PARA HOMENAGEAR UCRANIANA MORTA EM TREM NOS EUA

O empresário Elon Musk e o executivo Eoghan McCabe, CEO da empresa de software Intercom, anunciaram doações milionárias para financiar murais em memória de Iryna Zarutska, refugiada ucraniana de 23 anos assassinada dentro de um trem leve em Charlotte, nos Estados Unidos. A iniciativa prevê a concessão de subsídios a artistas e já atraiu grande interesse da comunidade criativa, que pretende espalhar murais e pôsteres por várias cidades americanas para dar visibilidade ao caso.

O crime que chocou Charlotte

Em 22 de agosto de 2025, Iryna voltava do trabalho quando foi atacada a facadas dentro de um vagão do light rail de Charlotte. O acusado, Decarlos Dejuan Brown Jr., de 34 anos, possui um longo histórico de prisões. Ele foi formalmente acusado de homicídio em primeiro grau e também responde a um processo federal por causar a morte em sistema de transporte coletivo.

O episódio levantou críticas sobre falhas no sistema de justiça criminal, por permitir que alguém com diversas passagens pela polícia estivesse em liberdade, além de reabrir o debate sobre segurança em transportes públicos e políticas de saúde mental nos Estados Unidos.

Quem era Iryna Zarutska

Iryna deixou a Ucrânia em 2022, fugindo da guerra, e havia se estabelecido em Charlotte em busca de segurança e novas oportunidades. Segundo amigos e familiares, ela trabalhava duro para construir uma vida estável e sonhava em seguir carreira na área de tecnologia.

Sua família afirmou em depoimentos à imprensa que “ninguém deveria passar por isso” e pediu que sua morte seja lembrada como catalisadora de mudanças reais. Para eles, transformar a dor em memória pública é uma forma de manter vivo o legado da jovem.

A campanha de murais

O primeiro passo partiu de Eoghan McCabe, que anunciou US$ 500 mil em subsídios de US$ 10 mil para artistas interessados em produzir murais com o rosto de Iryna. Pouco depois, Elon Musk declarou apoio com US$ 1 milhão, ampliando o alcance da campanha.

Além dos murais, também estão previstas ações com pôsteres em áreas urbanas estratégicas, buscando manter a história de Iryna em evidência e estimular discussões sobre violência, justiça e responsabilidade social.

Reações públicas e repercussão política

O assassinato ganhou ainda mais visibilidade quando Donald Trump defendeu publicamente a pena de morte para o acusado, pedindo “um julgamento rápido” e ligando o episódio a críticas a administrações democratas sobre segurança pública.

Paralelamente, a comunidade digital criou a meme coin “Justice for Iryna” (IRYNA), lançada na rede Solana. A criptomoeda registrou forte valorização logo após o lançamento, e parte das taxas de negociação foi destinada para apoiar a família da vítima.

Essas manifestações, políticas e tecnológicas, ampliaram o alcance do caso para além das fronteiras americanas, transformando a memória de Iryna em símbolo de debates globais sobre justiça e segurança.

Doações populares

Além das contribuições de empresários e iniciativas digitais, a família de Iryna também recebe apoio direto de milhares de pessoas. Uma campanha no GoFundMe arrecadou, até o fechamento desta matéria, mais de US$ 360 mil em cerca de 6,4 mil doações. O fundo é administrado por parentes próximos e tem como objetivo cobrir gastos inesperados e garantir suporte financeiro à família neste momento de luto.

Um legado em construção

A mobilização em torno da memória de Iryna Zarutska mostra como uma tragédia pessoal pode gerar comoção coletiva. De murais a campanhas digitais, passando por doações populares e declarações de líderes políticos, a jovem tornou-se símbolo involuntário de debates urgentes sobre segurança pública, justiça e responsabilidade social nos Estados Unidos.