Ensino superior no Brasil pode mais que dobrar salário
Informação está em um relatório da OCDE sobre desempenho da educação
Redação, com informações da Agência Brasil
09/09/2025
No Brasil, ter um diploma de ensino superior aumenta as chances de ter um emprego e melhores salários, que chegam a mais que o dobro da remuneração daqueles que só completaram o ensino médio. Apesar disso, um em cada quatro estudantes abandona os estudos depois de cursar apenas um ano.
As informações estão no relatório Education at a Glance (EaG) 2025, da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne as mais ricas economias do mundo.
O documento traz dados educacionais como desempenho dos estudantes, taxas de matrícula e organização dos sistemas educacionais dos 38 países-membros da organização, além de Argentina, Bulgária, China, Croácia, Índia, Indonésia, Peru, Romênia, Arábia Saudita, África do Sul e Brasil – que é parceiro-chave da OCDE.
Neste ano, o relatório tem como foco principal o ensino superior. A pesquisa mostra que brasileiros de 25 a 64 anos que concluem o ensino superior ganham, em média, 148% mais do que aqueles que têm ensino médio. Nos países da OCDE, essa diferença é de 54%, em média.
O Brasil fica atrás apenas da Colômbia, onde concluir o ensino superior proporciona, em média, um salário 150% maior do que ter apenas o ensino médio, e África do Sul, onde esse percentual é 251%.
Essa etapa de ensino, no entanto, não chega a todos. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas um a cada cinco, ou seja, 20,5% dos brasileiros de 25 anos ou mais têm ensino superior, conforme números de 2024.
O relatório da OCDE levanta outra preocupação. Quase um quarto (24%) dos jovens de 18 a 24 anos no Brasil não está empregado nem em educação ou treinamento (NEET na sigla em inglês). Essa taxa é maior do que a média da OCDE, de 14%. Além disso, há uma diferença entre gêneros, com 29% das mulheres e 19% dos homens sendo NEET.
Redação, com informações da Agência Brasil