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ESPECIAL PARQUES URBANOS

SÉRIE DO PORTAL DA ANTENA 1 MOSTRA COMO O VERDE MELHORA SAÚDE, CLIMA, ECONOMIA E CULTURA

João Carlos

06/10/2025

Placeholder - loading - Crédito da imagem: centralparknyc.org
Crédito da imagem: centralparknyc.org

Os parques urbanos deixaram de ser um luxo paisagístico para se tornarem parte essencial da infraestrutura das cidades modernas. Mais do que refúgios de lazer, eles ajudam a reduzir o estresse, combatem doenças, atenuam o calor excessivo, favorecem a vida em comunidade e movimentam a economia local. Nesta série especial, vamos mostrar por que áreas verdes bem cuidadas são decisivas para a qualidade de vida urbana e como podem guiar o futuro do planejamento das metrópoles.

Saúde: do passeio diário à prevenção de doenças

Evidências internacionais indicam que o contato regular com a natureza melhora a saúde física e mental. Estudos apontam que ao menos 120 minutos por semana em ambientes naturais estão associados a níveis mais altos de bem-estar e satisfação. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que cada morador tenha acesso a uma área verde de pelo menos 0,5 hectare, a até 300 metros de casa, reforçando a ideia de que o verde deve estar integrado à rotina cotidiana. Além da sensação de equilíbrio, parques e jardins públicos contribuem para reduzir problemas cardiovasculares, obesidade, depressão e até distúrbios respiratórios, funcionando como verdadeiras políticas de saúde preventiva.

Clima e resiliência: quando o verde refresca a cidade

Os parques são também aliados estratégicos no enfrentamento das mudanças climáticas. Árvores e gramados ajudam a reduzir as temperaturas urbanas, suavizando o fenômeno das ilhas de calor. Pesquisas apontam que áreas com vegetação podem registrar reduções médias entre 1°C e 7°C, dependendo da densidade do verde. Além disso, o solo permeável e a presença de lagos e bosques ajudam a conter enchentes e melhorar a drenagem natural. Cidades que priorizam corredores verdes e parques interligados demonstram maior capacidade de adaptação e resiliência frente a extremos de calor e eventos climáticos. Para a ONU-Habitat, investir em espaços públicos de qualidade é fundamental para a saúde, segurança e sustentabilidade das cidades, em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Economia, turismo e valor urbano

Crédito da imagem:centralparknyc.org

Os efeitos dos parques também se refletem na economia. Um espaço verde bem planejado valoriza imóveis, reduz gastos públicos com saúde e movimenta cadeias de serviços e turismo. Nova York, por exemplo, comprova há décadas o impacto financeiro do Central Park, que atrai milhões de visitantes e multiplica o valor das propriedades vizinhas. Cidades que investem em programação cultural e manutenção contínua de suas áreas verdes colhem benefícios diretos, com aumento da atividade comercial e geração de empregos. Parques urbanos bem administrados são, portanto, ativos econômicos tão relevantes quanto vias ou equipamentos de transporte.

Democracia e cultura: o espaço público que nos reúne

Mais do que pulmões verdes, os parques são espaços democráticos por excelência. É neles que as cidades se encontram: famílias, artistas, esportistas e turistas convivem e compartilham experiências. São também palcos de manifestações culturais e debates públicos, como o tradicional Speaker’s Corner do Hyde Park, em Londres, ou os grandes concertos que movimentam o Ibirapuera, em São Paulo. Esses locais materializam a ideia de vida comunitária, preservando a identidade e a diversidade urbana, e reafirmam o direito de todos a usufruir de um espaço comum e inspirador.

O que esta série vai explorar

Ao longo das próximas semanas, vamos explorar alguns dos parques mais emblemáticos do mundo, revelando suas histórias, singularidades e o impacto que exercem sobre o ambiente e a vida nas cidades. O Central Park, em Nova York, será o ponto de partida — um símbolo do equilíbrio entre natureza e metrópole. Na sequência, o Hyde Park, de Londres, destacará a tradição dos grandes eventos e o espírito democrático do debate público. O Bois de Boulogne, em Paris, mostrará como lazer e história se entrelaçam à elegância da capital francesa. No Ueno Park, em Tóquio, conheceremos a força da contemplação e da cultura oriental. Já o Parque do Ibirapuera, em São Paulo, sintetizará o encontro entre arte, modernismo e vida urbana na América Latina. A série será concluída com um exercício de imaginação que propõe refletir sobre urbanismo, sustentabilidade e o futuro das cidades.

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