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ESPECIAL PIX VS. CARTÕES: O DUELO DO E-COMMERCE AO VAREJO FÍSICO

PARTE 2: COMO A DISPUTA ENTRE TECNOLOGIAS MUDA O HÁBITO DE COMPRA DOS BRASILEIROS

João Carlos

20/08/2025

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Crédito da imagem: gerada por IA

Se na primeira parte desta série (clique aqui para conferir) vimos como o Pix nasceu e se tornou referência global, agora é hora de entrar no embate mais visível do dia a dia: Pix contra cartões. É nesse duelo que se define como os brasileiros fazem suas compras — seja no clique do e-commerce ou no balcão da loja física.

O Pix dispara no online

Quem compra pela internet já sabe: o Pix virou o atalho preferido. Nada de preencher números de cartão, esperar aprovação ou sofrer com limite estourado. Em segundos, a compra está paga e confirmada.

Os números confirmam essa sensação: em 2024, pela primeira vez, o Pix superou os cartões de crédito e débito no e-commerce brasileiro. Para muitos lojistas, a mudança foi revolucionária. Além da rapidez, a taxa de desistência na finalização do carrinho caiu, porque o processo é muito mais simples.

O poder do parcelado

Mas calma: os cartões ainda têm um trunfo poderoso. O parcelamento é quase uma instituição cultural no Brasil. Cerca de 7 em cada 10 compras de maior valor ainda são feitas no crédito parcelado. É o recurso que permite levar o celular novo, a geladeira ou a TV da Copa sem precisar pagar tudo de uma vez.

O Banco Central sabe disso e prepara uma resposta: o Pix Garantido, funcionalidade que permitirá dividir compras em várias parcelas. Se der certo, pode abalar um dos últimos bastiões do cartão de crédito.

Como o mercado se mexeu

A ascensão do Pix não passou despercebida. Visa, Mastercard e bancos reagiram rápido. Investiram em carteiras digitais, intensificaram parcerias com fintechs, reforçaram os pagamentos por aproximação e turbinaram programas de cashback. Tudo para manter os cartões atrativos e reter o consumidor dentro do ecossistema.

Ao mesmo tempo, apps bancários passaram a dar mais destaque ao Pix, integrando a ferramenta a carteiras digitais próprias. O recado é claro: se não dá para frear o Pix, melhor aprender a surfar essa onda.

Onde o cartão ainda manda

Mesmo com toda a força do Pix, há territórios em que o cartão reina soberano. Viagens internacionais, por exemplo: é difícil abrir mão da praticidade do câmbio automático e das proteções embutidas. Hotéis e locadoras de veículos também preferem cartões pela segurança nas reservas.

Sem falar nos programas de pontos e milhas, que seguem sendo argumento forte para quem valoriza benefícios de longo prazo. Para esse perfil de consumidor, abandonar o cartão ainda está longe de ser opção.

O consumidor no centro

Mais do que uma batalha tecnológica, o duelo Pix vs. cartões é sobre comportamento. O brasileiro gosta da sensação de controle imediato que o Pix dá, mas também aprendeu a usar o parcelamento como forma de acesso. Essa convivência, por enquanto, parece inevitável.

No fim das contas, quem sai ganhando é o consumidor, com mais alternativas na palma da mão.

Na próxima matéria da série Especial Pix, vamos mergulhar em outro campo de batalha: o das maquininhas. Pressionadas pelo QR Code, pelo tap to phone e pelo avanço dos apps, elas precisam se reinventar para continuar relevantes.

Não perca: quinta-feira, 21 — “Do plástico ao QR Code: o futuro das maquininhas em um mundo de Pix”.

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