EUA decidem transferir sobreviventes de ataque no Caribe para o exterior em vez de detê-los como prisioneiros de guerra
EUA decidem transferir sobreviventes de ataque no Caribe para o exterior em vez de detê-los como prisioneiros de guerra
Reuters
18/10/2025
Por Phil Stewart e Idrees Ali
WASHINGTON (Reuters) - O governo do presidente Donald Trump se movimenta para enviar os dois sobreviventes de um ataque de quinta-feira no Caribe para um país diferente em vez de buscar uma detenção militar de longo prazo, disseram quatro autoridades norte-americanas à Reuters neste sábado.
A Reuters não conseguiu estabelecer as nacionalidades dos dois detidos. Uma das autoridades disse ser possível que um deles seja colombiano, mas não forneceu a informação com certeza.
As Forças Armadas dos EUA organizaram um resgate de helicóptero para os sobreviventes na quinta-feira após o ataque à embarcação semissubmersível suspeita de traficar narcóticos ilegais. O ataque matou os outros dois membros da tripulação a bordo, disseram fontes à Reuters na sexta-feira.
O Exército dos EUA levou os sobreviventes de avião para um navio de guerra da Marinha dos EUA no Caribe, onde ficaram detidos até pelo menos a noite de sexta-feira. Não ficou claro se eles já haviam sido retirados do navio na manhã deste sábado.
Autoridades norte-americanas, que falaram sob condição de anonimato, esperavam que os sobreviventes fossem eventualmente enviados a seus países de origem. Não ficaram claras as condições em torno dessa transferência, inclusive se eles vão ser detidos.
A decisão de enviar os sobreviventes para casa exime o Exército dos EUA de lidar com questões jurídicas espinhosas relacionadas à detenção militar de suspeitos de tráfico de drogas, cujos supostos crimes não se enquadram perfeitamente nas leis de guerra, segundo especialistas jurídicos.
Em discurso na sexta-feira, Trump disse a jornalistas que o ataque ocorreu contra 'um submarino de transporte de drogas construído especificamente para o transporte de grandes quantidades de drogas', sem relatar quantos foram mortos ou sobreviveram ao ataque.
O Pentágono não forneceu detalhes sobre o ataque até o momento e não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
(Reportagem de Phil Stewart e Idrees Ali)
Reuters

