EUA dizem que ataque à igreja palestina na Cisjordânia foi 'ato de terror'
EUA dizem que ataque à igreja palestina na Cisjordânia foi 'ato de terror'
Reuters
19/07/2025
RAMALLAH, Cisjordânia (Reuters) - O embaixador dos Estados Unidos em Israel, Mike Huckabee, pediu neste sábado que os autores de um ataque a uma igreja palestina na Cisjordânia ocupada, atribuído a colonos israelenses, sejam processados, chamando-o de 'ato de terror'.
Huckabee disse que havia visitado a cidade cristã de Taybeh, onde clérigos disseram que colonos israelenses haviam iniciado um incêndio perto de um cemitério e de uma igreja do Século 5 em 8 de julho.
'É um ato de terror e é um crime', disse Huckabee em um comunicado. 'Aqueles que praticam atos de terror e violência em Taybeh -- ou em qualquer lugar -- (devem) ser encontrados e processados. Não apenas repreendidos, isso não é suficiente.'
O governo de Israel não comentou o incidente, mas já havia denunciado tais atos anteriormente.
Na terça-feira, Huckabee disse que havia pedido a Israel que 'investigasse agressivamente' o assassinato de um norte-americano palestino espancado por colonos na Cisjordânia, descrevendo-o da mesma forma como um 'ato criminoso e terrorista'.
Huckabee é um firme defensor dos assentamentos israelenses e seus comentários são uma intervenção pública rara e incisiva do governo do presidente dos EUA, Donald Trump.
Em janeiro, Trump rescindiu as sanções impostas pelo antigo governo Biden a grupos de colonos israelenses e indivíduos acusados de envolvimento em violência contra palestinos na Cisjordânia.
Os ataques de colonos contra palestinos e os ataques de palestinos contra israelenses na Cisjordânia aumentaram desde o início da guerra de Israel contra o grupo militante Hamas em Gaza em outubro de 2023.
A mais alta corte da Organização das Nações Unidas (ONU) disse no ano passado que os assentamentos de Israel nos territórios capturados na guerra de 1967 no Oriente Médio, incluindo a Cisjordânia, são ilegais.
Israel contesta esse fato, citando laços bíblicos e históricos com a terra, bem como necessidades de segurança.
(Reportagem de Ali Sawafta)
Reuters