EUA estão analisando resposta do Hamas à proposta de acordo de reféns e a discutirão com Israel
Publicada em
Por Humeyra Pamuk
DOHA (Reuters) - O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse nesta terça-feira que os Estados Unidos estavam analisando a resposta do Hamas a uma proposta de acordo para libertação dos reféns que ele chamou de a melhor esperança para encerrar a guerra de quatro meses em Gaza.
Blinken, em uma entrevista coletiva no Catar, se recusou a discutir os detalhes da resposta do Hamas à proposta de cessar-fogo, em que o grupo militante palestino libertaria os reféns tomados em 7 de outubro em Israel em troca da concordância de Israel com uma pausa estendida ao conflito.
Blinken afirmou que a resposta foi compartilhada com Israel e que ele a discutiria com autoridades em Israel na quarta-feira.
“Ainda há muito trabalho a ser feito, mas continuamos acreditando que um acordo é possível e, inclusive, essencial”, disse Blinken.
“O melhor caminho a seguir -- o caminho mais eficiente neste momento para conseguir um período estendido de calma e para trabalhar para encerrar o conflito é por meio de um acordo sobre os reféns”, afirmou Blinken.
Washington usaria qualquer pausa para construir planos para a reconstrução e o futuro do governo de Gaza e para prosseguir com esforços para um acordo de paz regional mais amplo que espera que possa levar à normalização das relações da Arábia Saudita com Israel em troca de medidas para a criação de um Estado palestino, disse.
Israel iniciou sua ofensiva militar em Gaza depois que militantes da Faixa de Gaza, governada pelo Hamas, mataram 1.200 pessoas e fizeram 253 reféns no sul de Israel, em 7 de outubro.
Pressionado sobre a razão pela qual os Estados Unidos pareciam incapazes de influenciar significativamente o governo de Israel sobre a sua resposta militar -- que matou pelo menos 27.585 palestinos, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza -- Blinken disse que a diplomacia era 'um processo'.
'Quase nunca se trata de acender um interruptor de luz. E requer estar lá com as mangas arregaçadas todos os dias', disse ele. Blinken afirmou que o envolvimento dos EUA ajudou a levar ajuda humanitária para Gaza e que Washington estava pressionando Israel para proteger os civis e trabalhando para evitar que o conflito se alastrasse.
(Reportagem de Humerya Pamuk em Doha)
Escrito por Reuters
SALA DE BATE PAPO