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EUA vão monitorar redes sociais de imigrantes, defensores de direitos levantam preocupações

Placeholder - loading - Um novo cidadão segura uma bandeira dos EUA em cerimônia de naturalização do Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA na Biblioteca Pública de Nova York 03/07/2018 REUTERS/Shannon Stapleton
Um novo cidadão segura uma bandeira dos EUA em cerimônia de naturalização do Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA na Biblioteca Pública de Nova York 03/07/2018 REUTERS/Shannon Stapleton

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Por Kanishka Singh

WASHINGTON (Reuters) - O governo dos Estados Unidos disse nesta quarta-feira que começará a rastrear as redes sociais de imigrantes e solicitantes de visto para monitorar o que chamou de 'atividade antissemita', levando a rápidas condenações de defensores dos direitos humanos, incluindo alguns judeus, que levantaram preocupações sobre liberdade de expressão e vigilância.

O governo do presidente Donald Trump tentou reprimir os protestos pró-palestinos contra o ataque militar devastador de Israel, aliado dos EUA, em Gaza, após a investida mortal do grupo islâmico palestino Hamas em outubro de 2023.

'Hoje, o Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA (USCIS, da sigla em inglês) começarão a considerar a atividade antissemita de estrangeiros nas redes sociais e o assédio físico de indivíduos judeus como motivos para negar solicitações de benefícios de imigração', disse o USCIS, agência do Departamento de Segurança Interna, em comunicado.

A medida afetará imediatamente aqueles que solicitam o status de residente permanente legal, estudantes estrangeiros e aqueles afiliados a instituições educacionais ligadas a atividades antissemitas, acrescentou.

'Não há espaço nos Estados Unidos para os simpatizantes do terrorismo do resto do mundo.'

O governo Trump tem frequentemente rotulado as vozes pró-palestinos como antissemitas e simpatizantes de grupos militantes como o Hamas, o Hezbollah e os rebeldes houthis, que Washington designa como 'terroristas'.

O governo está tentando deportar alguns estudantes estrangeiros, revogou vários vistos e alertou as universidades sobre cortes de verbas federais devido aos protestos pró-Palestina.

Os manifestantes, incluindo alguns grupos judeus, dizem que o governo Trump confunde suas críticas às ações de Israel em Gaza e o apoio aos direitos dos palestinos com antissemitismo e apoio ao extremismo.

Ativistas e especialistas em direitos humanos têm condenado o governo Trump, inclusive o anúncio desta quarta-feira, que, segundo eles, ameaça a liberdade de expressão e é semelhante à vigilância e à exclusão de imigrantes.

O grupo de liberdade de expressão Fundação para os Direitos Individuais e Expressão (Fire, da sigla em inglês) disse que o governo Trump estava 'formalizando práticas de censura'.

'Ao vigiar os portadores de visto e de green card e visá-los com base em nada mais do que sua expressão protegida, o governo troca o compromisso dos Estados Unidos com o discurso livre e aberto pelo medo e pelo silêncio', disse a Fire.

O Nexus Project, que combate o antissemitismo, disse que o governo Trump estava perseguindo os imigrantes em nome do combate ao antissemitismo e tratando o tema como um problema importado.

Defensores dos direitos humanos também levantaram preocupações sobre a islamofobia e o preconceito antiárabe durante a guerra entre Israel e Gaza. O governo Trump não anunciou medidas em resposta.

(Reportagem de Kanishka Singh em Washington)

Escrito por Reuters

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