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EXCLUSIVO-Milícias apoiadas pelo Irã no Iraque estão dispostas a se desarmar para evitar ira de Trump

Placeholder - loading - Veículo transporta caixão de um comandante do grupo armado iraquiano Kataib Hezbollah em Bagdá  22/9/2024   REUTERS/Thaier Al-Sudani
Veículo transporta caixão de um comandante do grupo armado iraquiano Kataib Hezbollah em Bagdá 22/9/2024 REUTERS/Thaier Al-Sudani

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Por Ahmed Rasheed

BAGDÁ (Reuters) - Vários grupos poderosos de milícias apoiadas pelo Irã no Iraque estão preparados para se desarmar pela primeira vez para evitar a ameaça de um conflito crescente com o governo dos Estados Unidos sob Donald Trump, disseram 10 comandantes seniores e autoridades iraquianas à Reuters.

O movimento para aliviar as tensões segue repetidos avisos emitidos em particular por autoridades dos EUA ao governo iraquiano desde que Trump assumiu o poder em janeiro, de acordo com as fontes, que incluem seis comandantes locais de quatro grandes milícias.

As autoridades disseram a Bagdá que, se não agir para dissolver as milícias que operam em seu solo, os Estados Unidos podem atacar os grupos com ataques aéreos, acrescentaram as pessoas.

Izzat al-Shahbndar, um político muçulmano xiita sênior próximo à aliança governamental do Iraque, afirmou à Reuters que as discussões entre o primeiro-ministro Mohammed Shia al-Sudani e vários líderes de milícias estavam 'muito avançadas', e os grupos estavam inclinados a atender aos pedidos de desarmamento dos EUA.

'As facções não estão agindo com teimosia ou insistindo em continuar em sua forma atual', disse ele, acrescentando que os grupos estavam 'totalmente cientes' de que poderiam ser alvo dos EUA.

Os seis comandantes de milícias entrevistados em Bagdá e em uma província do sul, que pediram anonimato para discutir a situação delicada, são dos grupos Kataib Hezbollah, Nujabaa, Kataib Sayyed al-Shuhada e Ansarullah al-Awfiyaa.

'Trump está pronto para levar a guerra conosco a níveis piores, sabemos disso, e queremos evitar um cenário tão ruim', disse um comandante do Kataib Hezbollah, a mais poderosa milícia xiita, que falou por trás de uma máscara preta e óculos escuros.

Os comandantes disseram que seu principal aliado e patrono, a força militar de elite da Guarda Revolucionária do Irã (IRGC), deu-lhes a bênção para que tomassem as decisões que considerassem necessárias para evitar serem arrastados para um conflito potencialmente ruinoso com os Estados Unidos e Israel.

As milícias fazem parte da Resistência Islâmica no Iraque, um grupo guarda-chuva de cerca de 10 facções armadas xiitas de linha-dura que comandam coletivamente cerca de 50.000 combatentes e arsenais que incluem mísseis de longo alcance e armas antiaéreas, de acordo com duas autoridades de segurança que monitoram as atividades das milícias.

O grupo da Resistência, um pilar fundamental da rede de forças regionais do Irã, reivindicou a responsabilidade por dezenas de ataques com mísseis e drones contra Israel e as forças dos EUA no Iraque e na Síria desde o início da guerra de Gaza, há cerca de 18 meses.

Farhad Alaaeldin, conselheiro de Sudani para assuntos externos, afirmou à Reuters em resposta a perguntas sobre as negociações de desarmamento que o primeiro-ministro estava comprometido em garantir que todas as armas no Iraque estivessem sob controle do Estado por meio de um 'diálogo construtivo com vários atores nacionais'.

As duas autoridades de segurança iraquianas disseram que Sudani estava pressionando pelo desarmamento de todas as milícias da Resistência Islâmica no Iraque, que declaram sua lealdade ao IRGC ou à Força Quds do Irã, e não a Bagdá.

Alguns grupos já esvaziaram em grande parte seus quartéis-generais e reduziram suas presenças nas principais cidades, incluindo Mossul e Anbar, desde meados de janeiro, por medo de serem atingidos por ataques aéreos, de acordo com autoridades e comandantes.

Muitos comandantes também intensificaram suas medidas de segurança nesse período, trocando seus telefones celulares, veículos e residências com mais frequência, segundo eles.

O Departamento de Estado dos EUA disse que continua a pedir a Bagdá que controle as milícias. 'Essas forças devem responder ao comandante-chefe do Iraque e não ao Irã', acrescentou.

Escrito por Reuters

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