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Norte-americanos temem que conflito com Irã possa escalar, mostra pesquisa Reuters/Ipsos

Norte-americanos temem que conflito com Irã possa escalar, mostra pesquisa Reuters/Ipsos

Reuters

23/06/2025

Placeholder - loading - Foto ilustrativa mostra bandeiras dos EUA e do Irã 27/01/2022 REUTERS/Dado Ruvic/Foto ilustrativa
Foto ilustrativa mostra bandeiras dos EUA e do Irã 27/01/2022 REUTERS/Dado Ruvic/Foto ilustrativa

Atualizada em  23/06/2025

Por Jason Lange

WASHINGTON (Reuters) - Os norte-americanos estão ansiosos com o conflito entre os EUA e o Irã e temem que a violência possa escalar depois que o presidente Donald Trump ordenou o bombardeio de instalações nucleares iranianas, de acordo com uma pesquisa Reuters/Ipsos encerrada nesta segunda-feira.

Setenta e nove por centro dos norte-americanos entrevistados disseram estar preocupados 'com a possibilidade de o Irã atingir civis norte-americanos em resposta aos ataques aéreos dos EUA'.

A pesquisa de três dias, que começou após os ataques aéreos dos EUA e terminou nesta segunda-feira antes de o Irã informar que atacou uma base aérea dos EUA no Catar, mostrou que os norte-americanos estavam igualmente preocupados com os militares de seu país alocados no Oriente Médio.

Um total de 84% disseram estar preocupados, em geral, com o crescente conflito.

A pesquisa, que entrevistou 1.139 adultos norte-americanos em todo o país, ressaltou as profundas divisões nos Estados Unidos sobre o que Washington deve fazer em seguida e destacou os riscos políticos enfrentados por Trump, cujo índice de aprovação presidencial caiu para 41%, o nível mais baixo de seu atual mandato, que começou em janeiro.

A sondagem mostrou que 36% dos entrevistados -- incluindo 13% dos democratas e 69% dos republicanos -- apoiaram os ataques, que ocorreram há apenas dois dias. A pesquisa tem margem de erro de 3 pontos percentuais e a visão do público sobre o conflito pode evoluir nos próximos dias e semanas.

Apenas 32% dos entrevistados disseram apoiar a continuação dos ataques aéreos dos EUA, em comparação com 49% que disseram ser contra. Entretanto, dentro do Partido Republicano de Trump, 62% apoiaram a continuação dos ataques e 22% se opuseram.

Os republicanos ficaram mais divididos quando perguntados se apoiavam o fim imediato do envolvimento dos EUA no conflito com o Irã, com 42% dizendo que Washington deveria encerrar seu envolvimento agora e 40% se opondo à ideia.

Maiorias significativas de democratas se opuseram a mais bombardeios contra o Irã e foram a favor do fim imediato do conflito.

Trump ordenou que os militares dos EUA bombardeassem as instalações nucleares do Irã no sábado, uma mudança dramática e arriscada na política externa após repetidas promessas de Trump de evitar intervenções militares em grandes guerras no exterior.

Trump construiu sua marca política em torno de uma promessa de colocar os Estados Unidos em primeiro lugar, e suas campanhas eleitorais no ano passado e antes de seu primeiro mandato enfatizaram a oposição ao envolvimento dos EUA em guerras no exterior.

APROVAÇÃO ATINGE NÍVEL MAIS BAIXO DO NOVO MANDATO

O índice de aprovação geral do presidente, que caiu 1 ponto percentual em relação aos 42% do início do mês, manteve-se praticamente estável nos últimos meses, mas está abaixo dos 47% registrados em uma pesquisa Reuters/Ipsos logo após seu retorno à Casa Branca.

A aprovação da postura de sua política externa caiu mais acentuadamente, 4 pontos, para 35%, com mais norte-americanos desaprovando do que aprovando a maneira como ele lida com as relações com Israel, Irã, Rússia e Ucrânia -- todos envolvidos em guerras no momento.

A aprovação da maneira como Trump lida com a economia caiu 4 pontos, chegando a 35%, enquanto sua avaliação sobre imigração, seu ponto mais forte entre as diferentes áreas, caiu 1 ponto percentual, chegando a 43%.

O governo Trump intensificou agressivamente a fiscalização da imigração no último mês, com o Serviço de Imigração e Alfândega recebendo uma cota diária de 3.000 prisões por dia, 10 vezes a média do ano passado durante o governo do presidente democrata Joe Biden.

Reuters

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