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Farmacêuticas europeias alertam que tarifas de Trump podem acelerar 'êxodo' do setor para os EUA

Placeholder - loading - Cartelas de remédios em Bruxelas, Bélgica 9/8/2019 REUTERS/Yves Herman/Foto Ilustrativa
Cartelas de remédios em Bruxelas, Bélgica 9/8/2019 REUTERS/Yves Herman/Foto Ilustrativa

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Por Ludwig Burger e Maggie Fick

FRANKFURT/LONDRES (Reuters) - Empresas farmacêuticas europeias alertaram a presidente da Comissão Europeia em reunião nesta terça-feira que as tarifas norte-americanas podem acelerar um deslocamento do setor da Europa para os Estados Unidos.

O grupo de lobby da indústria farmacêutica europeia EFPIA, cujos membros incluem as gigantes do setor Bayer, Novartis e Novo Nordisk, disse que pediu à presidente da União Europeia, Ursula von der Leyen, que pressione por uma 'ação rápida e radical' para mitigar o 'risco de êxodo' para os EUA.

Produtos farmacêuticos estão isentos das tarifas abrangentes sobre importações anunciadas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, na semana passada, mas o republicano tem afirmado que esses produtos enfrentarão tarifas separadas.

O grupo EFPIA disse que a UE precisa mudar seu arcabouço regulatório para o setor com o objetivo de torná-lo mais propício à inovação e para fortalecer as disposições de propriedade intelectual da Europa.

As exigências não são novas. O EFPIA tem alertado repetidamente que o setor farmacêutico europeu será passado para trás pelo aumento da concorrência dos Estados Unidos, da China e dos mercados emergentes caso a UE não modifique uma proposta de reformulação das leis que regem o setor.

'Agora, com a incerteza criada pela ameaça de tarifas, há pouco incentivo para investir na UE e motivações significativas para se mudar para os EUA', afirma a declaração do EFPIA.

Um comunicado da comissão afirmou que as empresas Novo Nordisk, Novartis, Fresenius, Sanofi, Bayer, Gedeon Richter e Ipsen Chiesi participaram da reunião.

Além disso, a declaração disse que o setor levantou 'fortes preocupações' sobre o impacto mais abrangente das tarifas dos EUA sobre as cadeias de suprimentos globais e a disponibilidade de medicamentos na Europa, assim como sobre as barreiras regulatórias dentro da UE.

As cadeias de suprimento para medicamentos da Europa e dos EUA são interconectadas. Os EUA dependem de medicamentos parcialmente produzidos na Europa, que geram centenas de bilhões de dólares em receita.

As exportações de produtos médicos e farmacêuticos da UE para os EUA totalizaram cerca de 90 bilhões de euros em 2023, de acordo com dados mais recentes do Eurostat.

Recentemente, gigantes farmacêuticas europeias têm expandido suas instalações de produção nos Estados Unidos.

(Por Ludwig Burger em Frankfurt e Maggie Fick em Londres; reportagem adicional de Julia Payne em Bruxelas)

Escrito por Reuters

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