Faturamento de editoras de livros cresceu abaixo da inflação em 2024
A categoria de Não Ficção lidera entre os gêneros
Redação, com informações da Agência Brasil
28/05/2025
O faturamento das editoras de livros teve crescimento nominal de 3,7% em 2024, totalizando R$ 4,2 bilhões. Quando é aplicada a inflação do período, entretanto, de 4,83%, o resultado real é de um recuo de 1,1% nos ganhos do setor.
Os números estão na pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, divulgada nesta quarta-feira (28). O estudo foi coordenado pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), com apuração da Nielsen BookData.
Dos quatro subsetores avaliados, Obras Gerais, Religiosos e Científicos, Técnicos e Profissionais (CTP) apresentaram alta nominal nas vendas ao mercado de 9,2%, 8,7% e 3,3%, respectivamente. Apenas a categoria Didáticos registrou desempenho nominal negativo (-5,1%) de vendas ao mercado.
De acordo com a presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), Sevani Matos, a pesquisa deste ano traz uma novidade importante ao apresentar pela primeira vez os resultados de venda por gênero.
“Observamos que a categoria de Não Ficção Adulto lidera em faturamento, representando 28,5% das vendas ao mercado, enquanto os livros Religiosos dominam em número de exemplares vendidos, com 29,5% do total.
Segundo o presidente do SNEL, Dante Cid, embora se tenha observado uma variação positiva abaixo da inflação nos livros físicos, se somados aos digitais, que tiveram crescimento de mais de 20%, todo o setor fica ligeiramente no positivo.
Foram 44 mil títulos produzidos em 2024, sendo 23% de lançamentos, e 366 milhões de exemplares. Em 2023, foram 45 mil títulos produzidos e 320 milhões de exemplares.
A variação nominal do preço médio dos livros foi de 2,9%, menor que o IPCA do período. Isso significa que os livros, em média, encareceram menos do que outros produtos e serviços no ano passado.
Redação, com informações da Agência Brasil