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Não haverá tropas terrestres, mas talvez apoio aéreo para acordo de paz na Ucrânia, diz Trump

Não haverá tropas terrestres, mas talvez apoio aéreo para acordo de paz na Ucrânia, diz Trump

Reuters

19/08/2025

Placeholder - loading - Zelenskiy se reúne com líderes europeus em Washington D.C.  18/8/2025     Divulgação via REUTERS
Zelenskiy se reúne com líderes europeus em Washington D.C. 18/8/2025 Divulgação via REUTERS

Atualizada em  19/08/2025

Por Andrea Shalal e Tom Balmforth e Anastasiia Malenko

WASHINGTON/LONDRES/KIEV (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira que os Estados Unidos não vão colocar tropas terrestres em campo na Ucrânia, mas podem fornecer apoio aéreo como parte de um acordo para acabar com a guerra da Rússia no país.

Um dia após Trump prometer garantias de segurança para ajudar a acabar com a guerra em uma cúpula extraordinária na Casa Branca, o caminho para a paz permaneceu incerto enquanto os EUA e seus aliados se preparavam para definir o que o apoio militar à Ucrânia poderia incluir.

'Quando se trata de segurança, (os europeus) estão dispostos a colocar pessoas no local. Estamos dispostos a ajudá-los com coisas, especialmente, provavelmente, ... por via aérea', disse Trump em uma entrevista ao programa da Fox News 'Fox & Friends'. Ele não entrou em detalhes.

Após a reunião de segunda-feira, a Rússia lançou seu maior ataque aéreo em mais de um mês contra a Ucrânia, e Trump admitiu que o presidente russo, Vladimir Putin, talvez não queira fazer um acordo, afinal.

'Vamos descobrir mais sobre o presidente Putin nas próximas semanas', disse ele.

A natureza da ajuda militar dos EUA para a Ucrânia em um acordo de paz não ficou clara. O apoio aéreo poderia assumir diversas formas, como sistemas de defesa antimísseis ou jatos de combate para reforçar uma zona de exclusão aérea.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, confirmou que o apoio aéreo dos EUA era 'uma opção e uma possibilidade', mas, assim como Trump, não forneceu detalhes.

'O presidente declarou definitivamente que os soldados dos EUA não estarão em solo ucraniano, mas certamente podemos ajudar na coordenação e talvez fornecer outros meios de garantias de segurança aos nossos aliados europeus', disse em uma coletiva de imprensa.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, saudou as conversações na Casa Branca como um 'grande passo à frente' na direção de encerrar o conflito mais mortal da Europa em 80 anos e para a realização de uma reunião trilateral com Putin e Trump nas próximas semanas. O relacionamento caloroso de Zelenskiy com Trump na véspera contrastou fortemente com a desastrosa reunião que tiveram no Salão Oval em fevereiro.

Analistas dizem que mais de 1 milhão de pessoas foram mortas ou feridas no conflito, iniciado a partir da invasão em grande escala da Rússia em fevereiro de 2022.

COALIZÃO

A Rússia lançou 270 drones e 10 mísseis em um ataque noturno à Ucrânia, disse a força aérea ucraniana. O Ministério da Energia disse que os ataques causaram grandes incêndios em instalações de energia na região central de Poltava, onde fica a única refinaria de petróleo da Ucrânia.

No entanto, a Rússia também devolveu os corpos de 1.000 soldados ucranianos mortos nesta terça-feira, disseram autoridades ucranianas. Moscou recebeu 19 corpos de seus soldados em troca, de acordo com a agência de notícias estatal TASS.

Aliados da Ucrânia mantiveram conversas no formato da chamada Coalizão dos Dispostos nesta terça-feira, discutindo sanções adicionais para aumentar a pressão sobre a Rússia. O grupo também concordou que as equipes de planejamento se reunirão com as contrapartes dos EUA nos próximos dias para detalhar garantias de segurança para a Ucrânia.

Líderes militares da Otan devem se reunir na quarta-feira para discutir o conflito na Ucrânia, e o general norte-americano Dan Caine, presidente do Estado-Maior Conjunto, deve comparecer virtualmente, disseram autoridades à Reuters.

'Estamos agora trabalhando ativamente em todos os níveis sobre as especificidades, sobre como será a arquitetura das garantias, com todos os membros da Coalizão dos Dispostos, e muito concretamente com os Estados Unidos', disse Zelenskiy em rede social.

Embora Trump tenha dito na segunda-feira que Putin pediu uma reunião bilateral com Zelenskiy, o Kremlin não assumiu nenhum compromisso explícito. O ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, disse nesta terça-feira que Moscou não descartou nenhum formato para as negociações de paz na Ucrânia, mas qualquer reunião de líderes nacionais 'deve ser preparada com o máximo rigor'.

Putin disse que a Rússia não vai tolerar a presença de tropas da aliança da Otan na Ucrânia. Ele também não demonstrou nenhum sinal de recuo nas exigências de território -- incluindo terras que não estão sob o controle militar da Rússia -- após sua reunião de cúpula com Trump na sexta-feira no Alasca.

(Reportagem de Tom Balmforth, Elizabeth Piper, Matthias Williams, Anastasiia Malenko, Rachel More, Madeline Chambers, Sabine Siebold, Susan Heavey, Andrea Shalal, Yuliia Dysa, Idrees Ali e Sam Tabahriti)

Reuters

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