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França considera 'todas as opções' após 3ª noite de violência desde morte de jovem pela polícia

França considera 'todas as opções' após 3ª noite de violência desde morte de jovem pela polícia

Reuters

30/06/2023

Placeholder - loading - Bombeiros apagam fogo de carro queimado durante noite de protestos por morte de jovem pela polícia, em Roubaix, França 30/06/2023 REUTERS/Pascal Rossignol
Bombeiros apagam fogo de carro queimado durante noite de protestos por morte de jovem pela polícia, em Roubaix, França 30/06/2023 REUTERS/Pascal Rossignol

Por Dominique Vidalon

PARIS (Reuters) - O governo da França disse nesta sexta-feira que vai considerar 'todas as opções' para restaurar a ordem, depois que distúrbios em todo o país se intensificaram durante a noite no tumulto mais destrutivo desde que a polícia matou um adolescente em uma parada de trânsito.

Centenas de policiais ficaram feridos e centenas de pessoas foram presas, disseram as autoridades, quando manifestantes entraram em confronto com policiais em cidades da França, com prédios e veículos incendiados e lojas saqueadas.

O ministro do Interior, Gérald Darmanin, que quadruplicou o destacamento policial para 40.000 oficiais na noite de quinta-feira em uma tentativa de conter a terceira noite de agitação, afirmou no Twitter que a polícia fez 667 prisões.

Em todo o país, 249 policiais ficaram feridos nos confrontos, disseram as autoridades. O Ministério do Interior informou que 79 postos policiais foram atacados, assim como 119 prédios públicos, incluindo 34 prefeituras e 28 escolas.

O presidente Emmanuel Macron, que até agora descartou a declaração de estado de emergência, estava a caminho de Paris a partir de Bruxelas depois de deixar uma cúpula da União Europeia mais cedo para que pudesse participar de uma segunda reunião de crise do gabinete em dois dias.

O governo examinará 'todas as opções' para restaurar a ordem, disse a primeira-ministra Elisabeth Borne, chamando a violência de 'intolerável e indesculpável' pelo Twitter.

'A prioridade é garantir a unidade nacional e a maneira de fazer isso é restaurar a ordem', declarou ela a repórteres durante uma visita a um subúrbio de Paris.

A violência explodiu novamente em Marselha, Lyon, Pau, Toulouse e Lille, bem como em partes de Paris, incluindo o subúrbio da classe trabalhadora de Nanterre, onde Nahel M., de 17 anos, descendente de argelinos e marroquinos, foi morto a tiros na terça-feira.

A morte dele fomentou queixas de longa data de grupos de direitos humanos de violência policial e racismo sistêmico dentro das agências de segurança e nos subúrbios de baixa renda e racialmente mistos das principais cidades da França.

O policial que os promotores disseram ter reconhecido que atirou contra o adolescente foi colocado na quinta-feira sob investigação formal por homicídio voluntário - o equivalente a ser acusado sob jurisdições anglo-saxônicas. Ele está preso preventivamente.

Seu advogado, Laurent-Franck Lienard, afirmou que seu cliente mirou na perna do motorista, mas foi esbarrado, fazendo com que ele atirasse em direção ao peito. 'Obviamente (o policial) não queria matar o motorista', disse Lienard à BFM TV.

Alguns governos ocidentais alertaram na quinta-feira seus cidadãos na França para terem cautela.

Reuters

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