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França enfrenta nova onda de surtos de doenças bovinas

França enfrenta nova onda de surtos de doenças bovinas

Reuters

16/10/2025

Placeholder - loading - Vacas pastam em campo em Mouzeuil, perto de Nantes 23/09/2024 REUTERS/Stephane Mahe
Vacas pastam em campo em Mouzeuil, perto de Nantes 23/09/2024 REUTERS/Stephane Mahe

Por Sybille de La Hamaide

PARIS (Reuters) - A França enfrenta dificuldades para conter um aumento nos casos de dermatose nodular contagiosa em bovinos, com um novo surto detectado perto da fronteira com a Espanha, enquanto o vírus altamente contagioso se espalha pela Europa Ocidental pela primeira vez.

Causada por um vírus e transmitida por insetos, essa dermatose nodular é altamente contagiosa e afeta bovinos e búfalos, causando bolhas na pele e redução na produção de leite. Embora não represente risco para os seres humanos, frequentemente leva a restrições comerciais e perdas econômicas severas.

Historicamente presente na África e no Oriente Médio, a doença se expandiu para o sudeste da Europa em 2015 e para a Ásia em 2019.

O primeiro surto da Europa Ocidental ocorreu na ilha da Sardenha, na Itália, no final de junho, seguido pela França. A Espanha relatou o primeiro caso na semana passada.

A França relatou uma queda acentuada nos surtos no final de agosto após uma campanha de vacinação em massa, mas os casos voltaram a subir neste mês, espalhando-se dos Alpes para as regiões de Jura e Ain, no leste da França.

Um novo caso foi confirmado na quarta-feira em um rebanho nos Pirineus Orientais, perto da Espanha, informaram autoridades locais.

Até terça-feira, a França havia relatado 83 surtos, a Itália 72 e a Espanha nove, de acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal.

França, Itália e Espanha já enfrentavam outra doença pecuária, o vírus da língua azul, que afeta ovinos e bovinos e que se espalhou pela Europa.

Todos os três adotaram medidas para conter a dermatose nodular contagiosa, de acordo com padrões internacionais.

O sindicato agrícola francês Confederação Camponesa, no entanto, disse que o abate automático e as longas restrições de movimento eram contraproducentes.

'Ao basear o controle da doença em medidas insustentáveis, o ministério causou pânico e movimentos de animais que favorecem a disseminação da doença', afirmou nesta quinta-feira.

O ministro da Agricultura deve visitar Jura na sexta-feira para uma reunião de crise sobre a doença.

(Reportagem de Sybille de La Hamaide)

Reuters

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