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Galípolo diz que ainda há muito esforço a ser feito pelo Banco Central

Galípolo diz que ainda há muito esforço a ser feito pelo Banco Central

Reuters

29/09/2025

Placeholder - loading - Presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo 02/04/2025. REUTERS/Ueslei Marcelino
Presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo 02/04/2025. REUTERS/Ueslei Marcelino

Atualizada em  29/09/2025

SÃO PAULO (Reuters) - O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta segunda-feira que ainda há 'muito esforço' a ser feito pela autoridade monetária, destacando que nenhuma projeção de economistas ou do setor produtivo aponta para uma inflação na meta em 2026.

'Tanto a Focus quanto a Firmus, nenhuma projeção indica inflação na meta em 2026', comentou Galípolo, em referência às pesquisas feitas pelo BC com profissionais de instituições do mercado e de empresas não financeiras.

'A meta é 3%. Estamos assistindo convergência lenta para estes 3%', acrescentou, durante participação no evento Itaú Macro Day, em São Paulo.

A meta contínua de inflação perseguida pelo BC é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Na pesquisa Focus mais recente, divulgada nesta segunda-feira, a projeção de inflação para 2026 está em 4,28% -- dentro da margem, mas ainda distante do centro da meta. A Firmus aponta para um IPCA de 4,5% no próximo ano.

Ao tratar dos esforços do BC para conduzir a inflação para a meta, Galípolo reconheceu que o atual nível da Selic, de 15% ao ano, é elevado.

'O BC jamais falou algo diferente, de que 15% é uma taxa de juros alta', afirmou, acrescentando que a taxa de juros no Brasil é de fato mais elevada quando comparada com as de outros países emergentes. 'Mas o comando que o BC recebe é para colocar a inflação em 3%.'

Ele destacou que mais difícil do que ter levado a Selic a um patamar em que pudesse interromper o ciclo de alta será 'o período de permanecer com a taxa de juros por período bastante prolongado'.

Galípolo afirmou que a atual desancoragem das expectativas de inflação no Brasil é algo que 'incomoda bastante' e que a instituição seguirá 'consumindo dados' para conduzir a convergência à meta.

Ao mesmo tempo, ele pontuou que o BC não pode incorporar ao seu cenário 'aquilo que não existe' ainda na economia.

Não é possível incorporar ao cenário 'se vai haver algum tipo de resposta ou impulso adicional na economia que tende a mitigar os efeitos da política monetária ao longo dos próximos meses ou anos', exemplificou o presidente do BC.

'Ser preventivo contra algo que nem exista ainda, a governança do BC tem menos espaço para isso.'

Em sua fala, Galípolo pontuou ainda que o mercado de trabalho brasileiro está atualmente 'no melhor momento das últimas três décadas', mas que os dados da economia subsidiam o cenário-base do BC, de desaceleração da atividade.

(Reportagem de Fabrício de Castro)

Reuters

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