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Gás metano está sendo combatido muito lentamente, diz ONU antes da COP30

Gás metano está sendo combatido muito lentamente, diz ONU antes da COP30

Reuters

22/10/2025

Placeholder - loading - Instalações de GNL na costa do Pacífico do Canadá em Kitimat  19/8/2025    REUTERS/Jesse Winter
Instalações de GNL na costa do Pacífico do Canadá em Kitimat 19/8/2025 REUTERS/Jesse Winter

Por Alison Withers

CONPENHAGUE (Reuters) - Quase 90% dos vazamentos de metano detectados por satélite sinalizados para governos e empresas de petróleo e gás não estão sendo reconhecidos, informou a ONU na quarta-feira antes das negociações climáticas da COP30 no próximo mês em Belém.

O Observatório Internacional de Emissões de Metano, que integra mais de 17 satélites para observar plumas, obteve uma taxa de resposta de 12% de 3.500 alertas de vazamentos detectados em todo o setor de petróleo e gás, segundo o relatório, marcando um progresso limitado em relação à taxa de resposta do ano passado, quando apenas 1% dos alertas resultou em ações para evitá-los.

Embora o metano permaneça na atmosfera por menos tempo do que o dióxido de carbono, que é o maior contribuinte para as emissões de gases de efeito estufa, ele é muito mais eficaz em reter o calor. Como resultado, os cientistas consideram que a redução das emissões de metano é a maneira mais rápida de combater as mudanças climáticas no curto prazo.

Mais de 150 países assinaram um compromisso de 2021 de reduzir as emissões de metano em 30% nesta década.

'As ações continuam muito lentas', disse Inger Andersen, diretora executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, que supervisiona o Sistema de Alerta e Resposta ao Metano do observatório, que detecta remotamente vazamentos do gás incolor.

'Estamos falando em apertar os parafusos em alguns casos', afirmou Anderson, referindo-se aos vazamentos de metano do setor de petróleo e gás, provenientes de ventilação e queima. 'Não podemos ignorar essas vitórias fáceis.'

O relatório afirma ter documentado 25 casos em que uma notificação levou à correção de um grande evento de emissões.

No início deste mês, investidores que representam mais de 4,5 trilhões de euros (US$5,3 trilhões) em ativos pediram à União Europeia que não enfraquecesse sua lei de emissões de metano, após preocupações de que a UE poderia flexibilizar as regras para facilitar o aumento das importações de GNL dos EUA, como parte dos esforços do bloco para amenizar as tensões comerciais.

Os vazamentos de metano do setor de petróleo e gás oferecem o maior potencial de mitigação, segundo o observatório.

Mas ele também planeja expandir seu trabalho de detecção para incluir emissões de outras fontes importantes, incluindo carvão metalúrgico para produção de aço, resíduos e agricultura, disse Giulia Ferrini, chefe do observatório.

Reuters

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