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Governo avalia instrumentos de apoio a setores impactados por tarifa dos EUA, diz Haddad

Governo avalia instrumentos de apoio a setores impactados por tarifa dos EUA, diz Haddad

Reuters

21/07/2025

Placeholder - loading - Ministro da Fazenda, Fernando Haddad 10/07/2025 REUTERS/Mateus Bonomi
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad 10/07/2025 REUTERS/Mateus Bonomi

Atualizada em  21/07/2025

(Reuters) - O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva avalia implementar instrumentos de apoio a setores da economia impactados pela tarifa de 50% sobre produtos brasileiros anunciada pelos Estados Unidos, afirmou nesta segunda-feira o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Em entrevista à CBN, Haddad disse que o governo trabalha com uma variedade de cenários de contingência e ponderou que não necessariamente haverá impacto fiscal com a implementação dessas medidas, ainda pendentes de análise de Lula antes de uma decisão final.

'Pode ser que nós tenhamos que recorrer a instrumentos de apoio a setores que injustamente estão sendo afetados', disse, sem detalhar as possíveis ações.

'Não necessariamente isso vai implicar em gasto primário... São planos de contingência que contam com combinações diferentes de instrumentos de política econômica.'

Para ele, parte das exportações do Brasil aos EUA pode ser redirecionada a outros mercados, mas isso levaria tempo. Ele acrescentou que há empresas que não conseguirão realocar seus produtos.

'Não vamos deixar ao desalento os trabalhadores brasileiros. Nós vamos tomar medidas necessárias', afirmou.

O ministro afirmou que junto com o leque de medidas, a equipe econômica apresentará a Lula ainda nesta semana os possíveis impactos da tarifa dos EUA sobre o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e a inflação, a depender do cenário.

Na entrevista, Haddad disse que o Brasil insistirá na negociação comercial com os Estados Unidos, mas não descarta a possibilidade de o prazo de 1º de agosto para imposição da tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros chegar sem que o país tenha recebido uma resposta das autoridades norte-americanas.

Haddad rejeitou ainda a possibilidade de o Brasil responder punindo empresas ou cidadãos norte-americanos no país, afirmando que o Brasil não devolverá na mesma moeda algo que considera injusto.

Ele ressaltou que o país pode usar a Lei da Reciprocidade, aprovada pelo Congresso Nacional, mas de modo menos danoso, que não prejudique mais a economia brasileira.

'O nosso objetivo não é retaliar, o objetivo é chamar a atenção para o fato de que essas ações (dos EUA) são contraproducentes, não colaboram nem com eles, nem conosco', disse.

O ministro ainda destacou que o governo não prevê revisão de suas metas fiscais diante dos possíveis impactos da tarifa. Segundo ele, os alvos para as contas públicas serão perseguidos até o último dia do mandato de Lula.

(Por Bernardo Caram, em Brasília)

Reuters

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