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Grande júri se recusa a indiciar homem preso por atirar sanduíche em agente dos EUA, diz fonte

Grande júri se recusa a indiciar homem preso por atirar sanduíche em agente dos EUA, diz fonte

Reuters

27/08/2025

Placeholder - loading - Pessoa passa por cartazes com homem jogando um sanduíche, usado como símbolo de protesto, no bairro de Capitol Hill, em Washington, EUA 23/08/2025 REUTERS/Jose Luis Gonzalez
Pessoa passa por cartazes com homem jogando um sanduíche, usado como símbolo de protesto, no bairro de Capitol Hill, em Washington, EUA 23/08/2025 REUTERS/Jose Luis Gonzalez

Por Sarah N. Lynch e Andrew Goudsward

(Reuters) - Um grande júri federal se recusou a indiciar um ex-funcionário do Departamento de Justiça que foi preso por jogar um sanduíche em um agente da lei federal durante a repressão ao crime do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Washington, disse uma fonte informada sobre o assunto à Reuters nesta quarta-feira.

A Promotoria havia solicitado o indiciamento contra Sean Dunn por agressão. Ele trabalhou em casos internacionais no Departamento de Justiça e foi demitido após ser flagrado em vídeo atirando um sanduíche tipo submarino em um agente da Alfândega e da Patrulha de Fronteiras dos EUA em 10 de agosto em um bairro movimentado de Washington.

A decisão marcou a segunda vez nos últimos dias em que um grande júri impediu promotores federais em Washington de conseguirem uma acusação de crime -- normalmente uma etapa rotineira na abertura de um processo criminal.

É altamente incomum que um grande júri rejeite pedidos do gênero, uma vez que o promotor controla sozinho a apresentação de provas e deve superar uma barreira legal menos complicada do que um júri em um julgamento criminal. Essa dinâmica levou a uma observação muito citada de um juiz de Nova York, segundo a qual um bom promotor poderia indiciar um 'sanduíche de presunto'.

O fato de não ter havido indiciamento nesse caso coincidentemente relacionado a um sanduíche ilustra os desafios enfrentados pelos promotores em Washington. Eles recebem ordens para apresentar as acusações federais mais graves disponíveis contra pessoas presas em varreduras policiais. O governo enviou agentes federais e tropas da Guarda Nacional para conter o que Trump retratou como um problema de criminalidade fora de controle na capital do país, apesar de as estatísticas policiais mostrarem um declínio nos crimes violentos após um aumento prévio.

É provável que os promotores tentem novamente obter uma acusação perante um outro grande júri para Dunn, disse a fonte. A lei dos EUA normalmente dá ao Departamento de Justiça 30 dias para obter uma acusação após uma prisão.

O New York Times foi o primeiro a noticiar a decisão do grande júri.

Dunn foi acusado de agredir, resistir e impedir a atuação da polícia. Ele teria chamado policiais de 'fascistas' e gritado 'eu não quero vocês na minha cidade!' antes de jogar o sanduíche, de acordo com a acusação.

Dunn, que não se declarou culpado, tornou-se um símbolo improvável de resistência à demonstração de força do governo Trump em Washington. Autoridades do Departamento de Justiça divulgaram o caso enquanto prometiam punir qualquer interferência na ação da polícia, e a Casa Branca divulgou um vídeo nas mídias sociais mostrando agentes armados prendendo-o.

Os promotores dos EUA também tentaram e não conseguiram indiciar três vezes uma mulher por supostamente ter batido na mão de um agente do FBI durante um confronto fora de uma cadeia de Washington no mês passado. A acusação foi rebaixada para contravenção.

(Reportagem de Sarah N. Lynch e Andrew Goudsward em Washington; Ryan Patrick Jones e Bhargav Acharya em Toronto)

Reuters

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