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Há tempo hábil para votar reforma da Previdência na Câmara no 1º semestre, diz líder

Há tempo hábil para votar reforma da Previdência na Câmara no 1º semestre, diz líder

Thomson Reuters

02/05/2019

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Atualizada em  02/05/2019

Por Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA (Reuters) - A líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), afirmou nesta quinta-feira que há tempo hábil para a reforma da Previdência ser aprovada na Câmara dos Deputados ainda no primeiro semestre deste ano.

Segundo Joice, o governo do presidente Jair Bolsonaro já foi avisado por lideranças sobre a resistência às mudanças nas regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e na aposentadoria rural, mas não é possível alterar o texto muito além disso, sob o risco de a reforma ficar “anoréxica”.

“Nós temos tempo hábil ainda para aprovar neste primeiro semestre aqui na Câmara, as costuras são feitas exatamente para isso”, disse a líder a jornalistas.

'A nossa preocupação é votar no primeiro semestre a Nova Previdência com o tamanho que nos precisamos”, acrescentou.

Mais cedo, a deputada afirmou que a Câmara contará com um “gabinete de inteligência”, com técnicos da equipe econômica para tirar dúvidas de parlamentares sobre a reforma da Previdência.

Segundo ela, a equipe do Ministério da Economia já estava à disposição de parlamentares, mas agora técnicos da pasta ficarão de plantão para fornecer informações específicas e municiar os deputados.

“A gente vai ter um grupo aqui do Ministério da Economia à disposição para trabalhar durante todo o momento dando informações aos parlamentares, explicando, tirando qualquer dúvida que possa haver em relação ao texto, inclusive por região – porque a gente sabe que em cada região o calo aperta em um lugar diferente”, disse a líder.

“Queremos dar toda a segurança para o parlamentar explicar para o seu eleitor porque a Nova Previdência é tão importante.”

O secretário especial de Trabalho e Previdência do Ministério da Economia, Rogério Marinho, que esteve reunido com Joice na manhã desta quinta, considerou o gabinete de inteligência “de bom tom” e “pertinente”.

“O dia a dia no Congresso acontece aqui”, disse o secretário a jornalistas. “A partir da próxima semana já estaremos aí com técnicos à disposição aqui no gabinete da Liderança do Governo no Congresso, e esse suporte vai ser dado de forma mais estreita.”

Joice avaliou que a articulação política do governo já apresentou melhoras, mas admitiu que temas como as mudanças nas regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e na aposentadoria rural, dois dos pontos mais polêmicos da proposta, devem ser alterados no texto da PEC.

“BPC e rural é meio que favas contadas. Vai ter uma mexida. Eu não sei o tamanho da mexida”, disse a líder.

Marinho, no entanto, afirmou que defenderá a proposta na sua integralidade, embora reconheça a prerrogativa do Congresso de promover as alterações que considerar necessárias.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência tramita em uma comissão especial, que debaterá o mérito da matéria. Na próxima semana, o relator da PEC, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), deve apresentar uma proposta de cronograma.

Segundo o presidente da comissão, Marcelo Ramos (PR-AM), a ideia é que o cronograma trabalhe com o horizonte de uma votação em plenário em julho. Pelas estimativas dele, o relatório da proposta deve ser apresentado na primeira semana de junho, mas o plano de trabalhos ainda precisa ser acordado com coordenadores de bancadas da comissão.

Acordo firmado na instalação da comissão previa que os prazos regimentais passassem a valer a partir do dia 7. Mas como o tempo de tramitação da proposta na comissão toma como referência as sessões do plenário da Casa, já foi computado um dia nessa contagem de prazo na terça-feira, quando 51 deputados registraram presença na Casa e tornaram possível a realização de uma sessão não deliberativa.

A comissão especial tem 40 sessões do plenário para proferir parecer, sendo que a apresentação de emendas à proposta tem de ser feita nas 10 primeiras sessões.

A expectativa é que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), prorrogue o prazo de apresentação de emendas para compensar o dia já computado na terça-feira.

Thomson Reuters

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