Hamas diz que estuda proposta de cessar-fogo rotulada como 'final' por Trump
Hamas diz que estuda proposta de cessar-fogo rotulada como 'final' por Trump
Reuters
02/07/2025
Por Nidal al-Mughrabi e Alexander Cornwell
CAIRO/JERUSALÉM (Reuters) - O Hamas disse nesta quarta-feira que estava estudando o que o presidente dos EUA, Donald Trump, chamou de uma proposta 'final' de cessar-fogo para Gaza, mas que Israel precisa sair do enclave, enquanto o líder israelense Benjamin Netanyahu afirmou que o Hamas será eliminado.
Trump declarou na terça-feira que Israel havia concordado com as condições necessárias para finalizar um cessar-fogo de 60 dias com o Hamas, após o que ele descreveu como uma reunião 'longa e produtiva' entre seus representantes e autoridades israelenses.
Em um comunicado, o Hamas informou que estava avaliando novas ofertas de cessar-fogo que recebeu dos mediadores Egito e Catar, mas enfatizou que pretende chegar a um acordo que garanta o fim da guerra e a retirada israelense de Gaza.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu a eliminação do Hamas em seus primeiros comentários públicos desde o anúncio de Trump.
'Não haverá um Hamas. Não haverá um Hamastan. Não vamos voltar a isso. Acabou', disse Netanyahu em uma reunião.
As declarações dos dois lados reiteraram posições de longa data, sem dar pistas sobre se ou como um acordo de compromisso poderia ser alcançado. O anúncio de Trump gerou alguma esperança entre os habitantes de Gaza de pelo menos um alívio temporário da guerra.
'Espero que desta vez funcione, mesmo que por dois meses; isso salvaria milhares de vidas inocentes', disse Kamal, morador da Cidade de Gaza, por telefone.
Outros questionaram se as declarações de Trump proporcionariam uma paz de longo prazo, dizendo que não é a primeira vez que ele afirma que um acordo de paz estava próximo.
'Esperamos que ele esteja falando sério, como falou sério durante a guerra israelense-iraniana, quando disse que a guerra deveria parar, e ela parou', afirmou Adnan Al-Assar, morador de Khan Younis, no sul de Gaza.
Reuters