Hezbollah não aceita razões para extensão de prazo para retirada de tropas israelenses, diz chefe
Hezbollah não aceita razões para extensão de prazo para retirada de tropas israelenses, diz chefe
Reuters
27/01/2025
CAIRO (Reuters) - O chefe do Hezbollah libanês, Naim Qassem, disse nesta segunda-feira que o grupo não aceitaria nenhuma justificativa para estender o período de retirada das tropas israelenses do sul do Líbano.
'O que vem depois do período dado para a retirada de Israel? Israel tem que se retirar porque os 60 dias acabaram. Não aceitamos nenhuma justificativa para estender o prazo por um momento ou um dia', disse, em um discurso gravado e veiculado pela televisão.
Israel disse na última sexta-feira que a retirada de seu Exército passaria do período de 60 dias estipulado pelo acordo de cessar-fogo com o grupo libanês, dizendo que os termos do acordo não haviam sido totalmente cumpridos pelo Estado libanês.
Os EUA disseram no domingo que o acordo entre Líbano e Israel permaneceria em vigor até 18 de fevereiro, uma extensão do prazo de 26 de janeiro previamente acordado.
O primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati, disse durante uma reunião com a embaixadora dos EUA, Lisa Johnson, que o país aceitava aderir ao acordo de cessar-fogo com Israel até 18 de fevereiro.
Mikati afirmou que, em troca, isso requeria pressão para acabar com a 'agressão e as repetidas violações' israelenses e para garantir a retirada completa de Israel dos territórios ocupados no sul, disse seu gabinete em um comunicado nesta segunda-feira.
'Ninguém no Líbano pode aceitar a extensão (da retirada das tropas israelenses) por um momento sequer. Israel deve sair', disse Qassem.
'Qualquer repercussão do atraso da retirada será de responsabilidade da ONU, dos EUA, da França e da entidade israelense', acrescentou.
Ele também afirmou que a 'resistência' tem o direito de agir da forma que considerar apropriada em resposta à 'ocupação'.
(Reportagem de Jaidaa Taha e Laila Bassam)
Reuters