IA transformará gestão de patrimônio, diz executivo da Microsoft

Por Oliver Hirt

ZURIQUE (Reuters) - A inteligência artificial trará grandes mudanças para a gestão de patrimônio, disse um executivo da Microsoft, pois o potencial da tecnologia para processar informações reduz enormemente os obstáculos necessários para competir com bancos estabelecidos.

A capacidade da IA de condensar dados financeiros permitirá que apenas algumas pessoas ofereçam serviços que antes ocupavam equipes grandes em um banco, disse Martin Moeller, chefe de IA e GenAI para serviços financeiros na Europa, África e Oriente Médio na Microsoft.

'A IA generativa reformulará o cenário competitivo', disse Moeller à Reuters. 'A IA, por exemplo, reduzirá significativamente o limite de entrada no mercado para startups, semelhante ao que a digitalização e a onda da Internet fizeram décadas atrás.'

Desde 2024, o provedor de serviços de pagamento sueco Klarna tem usado a IA, da OpenAI, que realiza o trabalho de 700 funcionários.

O UBS também vê um grande potencial para a IA. O presidente-executivo Sergio Ermotti disse neste mês que ela pode aumentar a produtividade e facilitar o trabalho.

Moeller disse que a IA generativa reduzirá os custos para os recém-chegados e também poderá ajudar os 'family offices', gerentes de patrimônio privados para super-ricos que competem com grandes gerentes de patrimônio.

'Os bancos que, até o momento, têm sido pouco ativos na gestão de patrimônio poderiam entrar no negócio com a ajuda da IA sem precisar investir muito em consultores de clientes', disse ele.

O avanço da IA está ganhando impulso com a mudança de comportamento dos clientes, com jovens empreendedores cada vez mais dispostos a gerenciar seus investimentos por conta própria, disse Moeller.

Em resposta, muitos bancos estão trabalhando para permitir que os clientes consolidem informações de forma independente usando IA.