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Ibovespa avança com aval externo e agenda cheia no Brasil

Ibovespa avança com aval externo e agenda cheia no Brasil

Reuters

26/06/2025

Placeholder - loading - Painel eletrônico na B3, em São Paulo 04/04/2025 REUTERS/Amanda Perobelli
Painel eletrônico na B3, em São Paulo 04/04/2025 REUTERS/Amanda Perobelli

Atualizada em  26/06/2025

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa avançava nesta quinta-feira, endossado pelo viés externo positivo e pela alta de mais de 2% da Vale, enquanto agentes financeiros repercutem a derrubada pelo Congresso Nacional de aumentos recentes do IOF, bem como um IPCA-15 abaixo das expectativas, dados de arrecadação e um leilão de petróleo.

Por volta de 11h, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 0,62%, a 136.575,49 pontos. O volume financeiro somava R$3,55 bilhões.

Em Wall Street, o S&P 500 avançava 0,45% no penúltimo pregão da semana, com resultados e perspectivas da fabricante de chips de memória Micron alimentando o otimismo em torno da inteligência artificial. Os rendimentos dos títulos de 10 anos do Tesouro norte-americano recuavam a 4,2671%.

Uma relativa calmaria no quadro geopolítico, com o cessar-fogo entre Israel e Irã se mantendo, ajudava na melhora no sentimento nos mercados antes do prazo de 9 de julho dado pelos Estados Unidos para que sejam alcançados acordos comerciais após o anúncio de uma série de tarifas pelos norte-americanos.

Ainda no radar estavam uma série de dados sobre a maior economia do mundo e uma reportagem do Wall Street Journal de que o presidente dos EUA, Donald Trump, tem cogitado a ideia de escolher e anunciar o substituto do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, em setembro ou outubro.

'Diante da notícia de que Donald Trump poderia acelerar escolha do próximo presidente do Fed, crescem as apostas de que os cortes de juros poderiam ocorrer mais cedo do que o esperado na maior economia do mundo -- o que parece animar a maior parte dos investidores', avaliou a equipe da Ágora Investimentos.

No Brasil, parlamentares aprovaram na quarta-feira um projeto que susta os efeitos de decretos do Executivo alterando a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de uma série de operações de câmbio, crédito e previdência privada, que tinham como objetivo ajudar a equilibrar as contas públicas.

De acordo com a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, o movimento do Congresso reduzirá a receita de 2025 em R$10 bilhões, colocando em risco o cumprimento da meta de resultado primário em 2025. Para 2026, citou, pode dificultar a meta de resultado primário em R$30 bilhões.

Em entrevista publicada pela Folha de S.Paulo nesta quinta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que juristas do governo consideram 'flagrantemente inconstitucional' o projeto aprovado pelo Congresso apontando que o Executivo pode levar a questão ao Supremo Tribunal Federal (STF).

'Se por um lado o ambiente externo sugere um dia de ganhos em nosso mercado, por outro lado, o fato de o Congresso derrubar o decreto... pode aumentar as dúvidas sobre a condução política e o cumprimento da meta fiscal em 2025', observou a equipe da Ágora em relatório a clientes nesta quinta-feira.

Nesse contexto, também ocupava as atenções o leilão de petróleo da União que será realizado pela estatal Pré-Sal Petróleo (PPSA) na quinta-feira, no qual o governo prevê arrecadar R$25 bilhões.

A agenda brasileira também mostrou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, subiu 0,26% em junho, após alta de 0,36% no mês anterior, de acordo com o IBGE. Pesquisa da Reuters com economistas estimava alta de 0,30%.

A arrecadação do governo federal, por sua vez, teve alta real de 7,66% em maio sobre o mesmo mês do ano anterior, somando R$230,152 bilhões, informou a Receita Federal nesta quinta-feira, no que foi o maior valor para o mês desde o início dos registros do fisco em 1995.

Ainda no radar estava o Relatório de Política Monetária do Banco Central, no qual a instituição elevou sua projeção de crescimento econômico do Brasil em 2025 a 2,1%, contra patamar de 1,9% estimado em março.

DESTAQUES

- VALE ON subia 2,46%, acompanhando os futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na bolsa de Dalian encerrou as negociações diurnas com alta de 0,64%.

- PETROBRAS PN avançava 0,61%, em dia de alta dos preços do petróleo no exterior e participação do leilão de petróleo da Pré-Sal Petróleo (PPSA), responsável por representar a União nos campos sob contrato de partilha de produção.

- ITAÚ UNIBANCO PN cedia 0,33%, em sessão de variações modestas no setor, com BRADESCO PN estável, SANTANDER BRASIL UNIT com acréscimo de 0,07% e BANCO DO BRASIL ON subindo 0,19%.

- AZZAS 2154 ON avançava 4,91%, com ações de sensíveis a juros beneficiadas pela queda nas taxas dos contratos de DI. Também na ponta positiva do Ibovespa, MRV&CO ON tinha alta de 4,66%, VIVARA ON ganhava 3,14% e PETZ ON valorizava-se 2,82%.

- LOCALIZA ON recuava 5,65%, em sessão bastante negativa para o setor, com MOVIDA ON, que não faz parte do Ibovespa, desabando 9,18%. Ainda no setor, VAMOS, voltada para locação de caminhões, máquinas e equipamentos, era negociada em baixa de 2,73%.

(Por Paula Arend Laier)

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