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Ibovespa reduz fôlego com IPCA e derrubada de MP sob holofote

Ibovespa reduz fôlego com IPCA e derrubada de MP sob holofote

Reuters

09/10/2025

Placeholder - loading - Painel eletrônico na B3, em São Paulo 06/07/2023 REUTERS/Amanda Perobelli
Painel eletrônico na B3, em São Paulo 06/07/2023 REUTERS/Amanda Perobelli

Atualizada em  09/10/2025

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa perdia o fôlego nesta quinta-feira, após superar os 143 mil pontos mais cedo, em meio à repercussão do IPCA abaixo do esperado em setembro, bem como da derrubada de medida provisória que tratava da taxação de aplicações financeiras.

Por volta de 11h25, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, tinha variação positiva de 0,12%, a 142.309,48 pontos, após marcar 143.212,02 pontos na máxima mais cedo. Na mínima, chegou a 142.090,52 pontos.

O volume financeiro somava R$4,24 bilhões.

De acordo com o IBGE, o IPCA subiu 0,48% em setembro, após queda de 0,11% em agosto, mas abaixo da alta de 0,52% estimada por economistas em pesquisa da Reuters. Em 12 meses, a taxa ficou em 5,17%, de 5,13% em agosto e previsão de 5,22%.

Em Brasília, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sofreu uma dura derrota na Câmara dos Deputados na quarta-feira com a retirada de pauta da Medida Provisória 1303, que na prática levou à perda de validade da principal proposta de ajuste das contas do Executivo para 2026.

O governo e seus aliados concordaram em desidratar a proposta inicial do governo que previa um aumento de arrecadação de R$20,9 bilhões no ano que vem. Mas, mesmo alterando este impacto para R$17 milhões, não adiantou.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira que serão apresentadas várias medidas alternativas. A MP tinha como objetivo compensar a derrubada de parte das mudanças feitas pelo governo no decreto que elevou alíquotas do IOF.

'As atenções agora se voltam para as novas estratégias do governo em relação à arrecadação ou ao corte de gastos, com vistas ao cumprimento das metas fiscais', ressaltou a equipe da Ágora Investimentos, em relatório a clientes.

DESTAQUES

- VALE ON subia 1%, referendada pela alta dos futuros do minério de ferro na China após feriado naquele país. O contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou a sessão do dia com alta de 0,96%, a 790,5 iuanes (US$110,90) a tonelada.

- PETROBRAS PN caía 0,49%, tendo como fundo a fraqueza dos preços do petróleo no exterior, com o barril sob o contrato Brent transacionado com decréscimo de 0,2%, a US$66,12. PETROBRAS ON cedia 0,12%,

- ITAÚ UNIBANCO PN cedia 0,54%, desempenho mais fraco entre os bancos do Ibovespa. BRADESCO PN valorizava-se 0,12%, BANCO DO BRASIL ON avançava 0,14%, SANTANDER BRASIL UNIT apurava elevação de 0,82% e BTG PACTUAL UNIT subia 0,38%.

- WEG ON valorizava-se 4,2%, revertendo as perdas no mês, que até a véspera orbitavam os 3%. Analistas do Bradesco BBI chamaram a atenção para declarações do presidente-executivo da Light na véspera, de que empresa reúne condições técnicas para conseguir a renovação antecipada de sua concessão no Rio de Janeiro. 'Se a renovação da concessão da Light for aprovada, o programa de investimentos da empresa poderá impulsionar a demanda pelas soluções de geração, transmissão e distribuição da WEG nos próximos anos', afirmaram em nota a clientes. Eles também citaram o plano da elétrica de participar de leilão de reserva de capacidade, 'o que deve aumentar a demanda por sistemas de armazenamento de energia por baterias e beneficiar a WEG se for escolhida como fornecedora'.

- B3 ON avançava 1,58%, favorecida pelos eventos em Brasília, uma vez que a MP 1303 também previa aumento da CSLL para a companhia. Na véspera, os papéis fecharam em alta de mais de 3%.

- BRAVA ON recuava 2,84%, após a petroleira comunicar que foi interrompida a produção de parte das unidades da Bacia Potiguar para realização de adequações. A interrupção ocorre em meio a uma auditoria por parte da agência reguladora ANP, iniciada em 29 de setembro.

(Por Paula Arend Laier)

Reuters

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