Ibovespa recua com Vale e queda em NY
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Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa mostrava fraqueza nesta quarta-feira, pressionado pelo declínio das ações da Vale, após dados de produção e vendas no primeiro trimestre e fraqueza dos preços futuros do minério de ferro na China, em meio a um clima avesso a risco no exterior diante do caos tarifário criado pelos Estados Unidos.
Por volta de 11h10, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, recuava 0,21%, a 128.970,79 pontos, tendo chegado a 128.564,75 pontos na mínima e a 129.244,71 pontos na máxima até o momento.
O volume financeiro somava R$4,38bilhões em sessão marcada por vencimento de opções sobre o Ibovespa e de contrato futuro do índice. A quarta-feira também é véspera de vencimento de opções sobre as ações, uma vez o exercício foi antecipado em razão do feriado na sexta-feira.
O sinal negativo no pregão brasileiro era endossado pelas quedas nas bolsas norte-americanas, com o Nasdaq caindo 2%, depois que a Nvidia citou baixas contábeis de US$5,5 bilhões após os EUA afirmarem que vão exigir licenças para exportações à China de seu chip de inteligência artificial H20.
'Esse clima externo deve também afetar o humor dos investidores por aqui, enquanto o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentária de 2026...deve continuar trazendo mais volatilidade aos negócios', disse a Ágora Investimentos, em relatório enviado a clientes mais cedo nesta quarta-feira.
No documento apresentado na véspera, o governo propôs uma meta de superávit primário de 0,25% do PIB para 2026, mantendo o compromisso de esforço fiscal já anunciado anteriormente. O projeto da LDO também traz estimativa para o salário mínimo no próximo ano, em R$1.630, ante o nível atual de R$1.518.
A B3 divulgou antes da abertura a segunda prévia do Ibovespa que irá vigorar a partir de 5 de maio, que mostrou a entrada das ações da Smartfit, enquanto confirmou a inclusão dos papéis da Direcional e saída das ações de Automob e LWSA, já vistas na primeira preliminar.
DESTAQUES
- VALE ON caía 1,52%, após divulgar na véspera queda de 4,5% na sua produção de minério de ferro no primeiro trimestre, em meio a um impacto de chuvas no Sistema Norte. Em paralelo, na China, o contrato futuro de minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou o dia com queda de 0,14%, a 708 iuanes por tonelada.
- PETROBRAS PN avançava 0,19%, reduzindo o fôlego dos primeiros negócios, mesmo com a alta dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent subia mais de 1%. BRAVA ON valorizava-se 6,21%, tendo ainda no radar anúncio de que o fundo Yellowstone, do BTG, atingiu uma participação de 5,3% nas ações da petrolífera.
- RD SAÚDE ON declinava 3,38%, em meio a ajustes após avançar nos três pregões anteriores, acumulando no intervalo alta também de quase 11%.
- MRV&CO ON subia 2,21%, após cair até 3,6% nos primeiros negócios, na esteira da prévia operacional do primeiro trimestre divulgada na véspera, que mostrou consumo de caixa ajustado no período de R$48,3 milhões, enquanto as vendas tiveram acréscimo de apenas 1,7% ano a ano. A companhia realiza nesta manhã evento com investidores em São Paulo.
- BRADESCO PN subia 0,86% e SANTANDER BRASIL UNIT ganhava 0,82%, em dia sem viés único entre os bancos, COM ITAÚ UNIBANCO PN estável, BANCO DO BRASIL ON com variação negativa de 0,65% e BTG PACTUAL UNIT em queda de 0,9%.
Escrito por Reuters
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