Imóveis alugados representam 23% dos domicílios brasileiros, diz IBGE
Número chegou a 17,8 milhões, segundo dados de 2024
Redação, com informações da Agência Brasil
22/08/2025
Em 2024, os imóveis alugados representavam 23% dos domicílios no Brasil. O dado faz parte de uma edição especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O número de domicílios alugados passou de 12,3 milhões, em 2016, para 17,8 milhões, em 2024, um aumento de 45,4% (5,6 milhões a mais). Quase metade da variação foi registrada a partir de 2022. O crescimento de 2023 para 2024 foi de 5,3% (896 mil domicílios), enquanto de 2022 para 2023 foi de 11% (1,7 milhão).
No ano passado, a maior parte dos domicílios, 61,6% (47,7 milhões), eram próprios já pagos, e 6% (4,7 milhões) eram próprios, ainda pagando. De 2016 para 2024, houve uma contínua redução de domicílios próprios, principalmente entre os já pagos (66,8% em 2016).
“Essa redução de 5,2 pontos percentuais ao longo dos anos em domicílios próprios, combinada ao aumento de domicílios alugados, indica uma concentração de riqueza nesse período. Se não se criam oportunidades para a população adquirir o seu imóvel, as pessoas precisam partir para o aluguel. Ao passo que temos também na economia um processo muito longo de inflação e salário reduzidos, o que cria mais dificuldades para as pessoas alavancarem seu patrimônio”, avalia o analista William Kratochwill.
Norte (70,0%) e Nordeste (69,6%) registraram as maiores estimativas de domicílios próprios já pagos em 2024, mesmo com redução desde 2016, quando eram 74,2% e 73,1%, respectivamente. Centro-Oeste (30,8%), Sudeste (25,4%) e Sul (23,0%) apresentaram os maiores percentuais de domicílios alugados. No Centro-Oeste, destaque também aos imóveis cedidos, que representavam 10,7% dos domicílios da região.
Redação, com informações da Agência Brasil