Índia e Paquistão usam drones e mísseis em ataques e conflito se espalha
Índia e Paquistão usam drones e mísseis em ataques e conflito se espalha
Reuters
08/05/2025
Por Saeed Shah e Tanvi Mehta
LAHORE/NOVA DÉLHI (Reuters) - Paquistão e Índia se acusaram mutuamente de lançar ataques de drones na quinta-feira, e o ministro da Defesa de Islamabad disse que novas retaliações são 'cada vez mais certas', no segundo dia de grandes confrontos entre os vizinhos com armas nucleares.
O Paquistão afirmou que abateu 25 drones da Índia, enquanto a Índia disse que suas defesas aéreas barraram os ataques de drones e mísseis paquistaneses contra alvos militares, frustrando as esperanças de que logo cederiam à pressão para pôr fim ao pior confronto em mais de duas décadas.
As potências mundiais, desde Estados Unidos até Rússia e hina, pediram calma em uma das regiões mais perigosas e mais populosas do mundo. O Consulado Geral dos EUA em Lahore, no Paquistão, ordenou que os funcionários se abrigassem no local.
As trocas de quinta-feira ocorreram um dia depois que a Índia afirmou ter atingido nove locais de 'infraestrutura terrorista' no Paquistão em retaliação ao que diz ter sido um ataque mortal apoiado por Islamabad na Caxemira indiana em 22 de abril.
O Paquistão afirma não estar envolvido e nega que os locais atingidos pela Índia sejam bases de militantes. O Paquistão disse que abateu cinco aeronaves indianas na quarta-feira, um relato que a embaixada indiana em Pequim descartou como 'desinformação'.
A retaliação paquistanesa 'está se tornando cada vez mais certa agora', disse o ministro da Defesa do Paquistão, Khawaja Muhammad Asif, à Reuters. 'Ainda me abstenho de dizer que é 100%. Mas a situação se tornou muito difícil. Temos que reagir.'
O relacionamento entre a Índia e o Paquistão tem sido repleto de tensão desde que conquistaram a independência como colônia britânica em 1947. Os países travaram três guerras, duas delas pela Caxemira, e entraram em conflito muitas vezes.
Os países, que reivindicam a Caxemira em sua totalidade e dominam partes dela, adquiriram armas nucleares separadamente na década de 1990.
Reuters