Influenciadora mexicana é morta a tiros durante live no TikTok
Influenciadora mexicana é morta a tiros durante live no TikTok
Reuters
14/05/2025
CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - Uma jovem influenciadora mexicana, conhecida por seus vídeos sobre beleza e maquiagem, foi assassinada a tiros durante uma live no TikTok. O caso gerou comoção no país, que enfrenta altos índices de violência de gênero.
A morte de Valeria Marquez, 23 anos, está sendo investigada pelos protocolos de feminicídio -- o assassinato de mulheres ou meninas por razões de gênero --, disse o promotor do Estado de Jalisco em um comunicado divulgado na noite de terça-feira.
O feminicídio pode envolver violência degradante, abuso sexual, um relacionamento com o assassino ou a exposição do corpo da vítima em um espaço público, segundo as autoridades mexicanas.
Marquez foi morta na terça-feira no salão de beleza onde trabalhava na cidade de Zapopan por um homem que entrou e atirou nela, segundo o comunicado. A promotoria não indicou um suspeito.
Segundos antes do crime, Marquez estava em uma live no TikTok, sentada em uma mesa segurando um brinquedo de pelúcia. Ela disse 'eles estão chegando', antes que uma voz ao fundo perguntasse 'Ei, Vale?'.
'Sim', respondeu Marquez, pouco antes de silenciar o som da live.
Momentos depois, ela foi morta a tiros. Uma pessoa pareceu pegar o telefone dela e teve seu rosto aparecendo brevemente na live antes de o vídeo terminar.
Marquez, que tinha quase 200.000 seguidores no Instagram e no TikTok, havia dito mais cedo na live que alguém foi ao salão enquanto ela não estava com um 'presente caro' para ela. A influenciadora parecia preocupada e disse que não estava planejando esperar pela pessoa voltar.
O México está empatado com Paraguai, Uruguai e Bolívia entre os países com a quarta maior taxa de feminicídio na América Latina e no Caribe, de acordo com os dados mais recentes da Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina e o Caribe, com 1,3 mortes para cada 100.000 mulheres em 2023.
(Reportagem de Cassandra Garrison e Raul Cortes)
Reuters