Capa do Álbum: Antena 1
A Rádio Online mais ouvida do Brasil
Antena 1

Israel ameaça Hamas 'onde quer que esteja'; Catar sedia cúpula após ataque israelense a Doha

Israel ameaça Hamas 'onde quer que esteja'; Catar sedia cúpula após ataque israelense a Doha

Reuters

15/09/2025

Placeholder - loading - Cúpula de líderes árabes e islâmicos em Doha  15/9/2025  Saudi Press Agency/Divulgação via REUTERS
Cúpula de líderes árabes e islâmicos em Doha 15/9/2025 Saudi Press Agency/Divulgação via REUTERS

Por Andrew Mills, Jana Choukeir, Simon Lewis e Steven Scheer

DOHA/JERUSALÉM, 15 Set (Reuters) - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que não descarta novos ataques aos líderes do Hamas 'onde quer que estejam', enquanto os chefes dos Estados árabes e islâmicos realizavam uma cúpula para demonstrar apoio ao Catar após o ataque de Israel ao Estado do Golfo na semana passada.

O ataque de 9 de setembro contra os líderes do grupo militante palestino em Doha marcou uma escalada significativa da ação militar israelense em uma região abalada pelo conflito desde os ataques liderados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, que desencadearam a guerra de Gaza.

A cúpula árabe-islâmica de emergência organizada por Doha deve alertar que o ataque israelense e outros 'atos hostis' de Israel ameaçam a coexistência e os esforços para normalizar os laços na região, de acordo com um esboço de resolução visto pela Reuters.

Ao discursar na cúpula, o emir do Catar, xeque Tamim bin Hamad Al-Thani, disse que o ataque israelense foi 'covarde e traiçoeiro', afirmando que os líderes do Hamas estavam estudando uma proposta de cessar-fogo dos EUA apresentada a eles pelo Catar e pelo Egito quando o ataque ocorreu.

O Hamas diz que o ataque israelense matou cinco de seus membros, mas não sua liderança. Um integrante das forças de segurança interna do Catar também foi morto.

Tendo como alvo o Catar, aliado próximo dos EUA, o ataque israelense fez com que os Estados árabes do Golfo aliados dos EUA cerrassem fileiras, aumentando notavelmente as tensões nos laços entre Emirados Árabes Unidos e Israel, que foram normalizados em 2020.

Falando ao lado do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, em Jerusalém, Netanyahu disse que Israel ainda estava recebendo os relatórios finais sobre os resultados do ataque.

Rubio viajará para o Catar após sua visita a Israel, declarou uma autoridade de alto escalão do Departamento de Estado dos EUA.

Rubio pediu ao Catar que continue a desempenhar um papel construtivo na resolução do conflito em Gaza, dizendo que isso poderia ajudar a alcançar os objetivos de libertar todos os 48 reféns ainda mantidos em Gaza, desarmar o Hamas e construir um futuro melhor para os habitantes de Gaza.

'Portanto, continuaremos a incentivar o Catar a desempenhar um papel construtivo nesse sentido', disse ele.

O presidente dos EUA, Donald Trump, demonstrou descontentamento com o ataque e afirmou no domingo que Israel deveria ser cuidadoso.

'Minha mensagem é que eles precisam ser muito, muito cuidadosos. Eles têm que fazer algo contra o Hamas, mas o Catar tem sido um grande aliado dos Estados Unidos', disse ele.

ISRAEL DESTRÓI PRÉDIO EM GAZA

Enquanto a diplomacia se desenrolava em Jerusalém e Doha, as forças israelenses continuavam seu ataque à Cidade de Gaza, onde mataram pelo menos 16 palestinos em ataques a duas casas e a uma barraca que abrigava uma família desalojada, segundo as autoridades de saúde locais.

O Exército também atingiu e destruiu um prédio de 16 andares no oeste da cidade, que se acredita ser o mais alto da Faixa de Gaza, cerca de uma hora depois de avisar as famílias desabrigadas que estavam dentro do prédio e nas proximidades para saírem, alegando que o prédio estava sendo usado para esconder 'infraestrutura terrorista'.

Rubio deu forte apoio a Israel, que tem ficado cada vez mais isolado no cenário mundial devido à indignação generalizada com o enorme número de mortos em Gaza e com a atual crise humanitária e de fome no enclave palestino.

(Reportagem adicional de Nayera Abdallah em Dubai, Steven Scheer em Jerusalém e Humeyra Pamuk em Washington)

Reuters

Compartilhar matéria

Mais lidas da semana

 

Carregando, aguarde...

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência.