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Israel envia tanques a Deir al-Balah, em Gaza, e gera preocupação entre famílias de reféns

Israel envia tanques a Deir al-Balah, em Gaza, e gera preocupação entre famílias de reféns

Reuters

21/07/2025

Placeholder - loading - Fumaça e fogo são vistos em prédio residencial atingido por ataque israelense na Cidade de Gaza 21/07/2025 REUTERS/Khamis Al-Rifi
Fumaça e fogo são vistos em prédio residencial atingido por ataque israelense na Cidade de Gaza 21/07/2025 REUTERS/Khamis Al-Rifi

Por Nidal al-Mughrabi

CAIRO (Reuters) - Tanques israelenses avançaram para os distritos sul e leste da cidade de Deir al-Balah, em Gaza, pela primeira vez nesta segunda-feira, uma área onde fontes de Israel disseram que os militares acreditam que reféns podem estar sendo mantidos.

A área está repleta de palestinos deslocados durante mais de 21 meses de guerra em Gaza, centenas dos quais fugiram para o oeste ou sul depois que Israel emitiu uma ordem de evacuação, dizendo que buscava destruir a infraestrutura e as capacidades do grupo militante Hamas.

Bombardeios de tanques na área atingiram casas e mesquitas, matando pelo menos três palestinos e ferindo vários outros, disseram médicos locais.

Ao sul, em Khan Younis, um ataque aéreo israelense matou pelo menos cinco pessoas, incluindo marido e mulher e seus dois filhos em uma barraca, disseram médicos.

Em sua atualização diária, o Ministério da Saúde de Gaza disse que pelo menos 130 palestinos foram mortos e mais de 1.000 ficaram feridos por tiros israelenses e ataques militares em todo o território nas últimas 24 horas, um dos maiores números desse tipo nas últimas semanas.

Não houve nenhum comentário israelense imediato sobre os incidentes de Deir al-Balah e Khan Younis.

Fontes israelenses disseram que o motivo pelo qual o exército se manteve fora dos distritos de Deir al-Balah anteriormente foi a suspeita de que o Hamas pudesse estar mantendo reféns lá. Acredita-se que pelo menos 20 dos 50 reféns restantes em cativeiro em Gaza ainda estejam vivos.

As famílias dos reféns expressaram preocupação por seus parentes e exigiram uma explicação do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, do ministro da Defesa, Israel Katz, e do chefe do exército sobre como eles irão protegê-los.

'O povo de Israel não perdoará ninguém que intencionalmente tenha colocado os reféns em perigo -- tanto os vivos quanto os mortos. Ninguém poderá alegar que não sabia o que estava em jogo', afirmou a Sede do Fórum de Famílias de Reféns em um comunicado.

Autoridades de saúde de Gaza alertaram sobre possíveis 'mortes em massa' nos próximos dias devido à fome, que matou pelo menos 19 pessoas desde sábado, informou o Ministério da Saúde do território controlado pelo Hamas.

FOME

Autoridades de saúde dizem que os hospitais estão ficando sem combustível, ajuda alimentar e remédios, o que pode causar a interrupção de operações vitais.

O porta-voz do Ministério da Saúde, Khalil Al-Deqran, disse que a equipe médica depende de uma refeição por dia e que centenas de pessoas vão aos hospitais todos os dias, sofrendo de fadiga e exaustão.

No sul de Gaza, o Ministério da Saúde informou que uma unidade secreta israelense deteve nesta segunda-feira Marwan Al-Hams, chefe dos hospitais de campanha de Gaza, em uma operação que matou um jornalista local e feriu outro do lado de fora de um centro médico de campanha administrado pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

Um porta-voz do comitê afirmou que a organização tratou pacientes feridos no incidente, mas não fez comentários sobre o estado deles. A organização afirmou estar 'muito preocupada com a segurança' no entorno do hospital de campanha.

Os militares israelenses não responderam imediatamente a um pedido de comentário.

(Reportagem de Nidal al-Mughrabi)

((Tradução Redação São Paulo))

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