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Israel manterá zona de proteção em Gaza, diz ministro; esforços por cessar-fogo estão paralisados

Placeholder - loading - Fumaça em Gaza após explosão  14/4/2025   REUTERS/Amir Cohen
Fumaça em Gaza após explosão 14/4/2025 REUTERS/Amir Cohen

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Por James Mackenzie e Nidal al-Mughrabi

JERUSALÉM/CAIRO (Reuters) - As tropas israelenses permanecerão nas zonas de proteção que criaram em Gaza, mesmo após qualquer acordo para pôr fim à guerra, disse o ministro da Defesa, Israel Katz, nesta quarta-feira, enquanto os esforços para retomar um acordo de cessar-fogo têm fracassado.

Desde que retomaram suas operações no mês passado, as forças israelenses esculpiram uma ampla 'zona de segurança' que se estende profundamente em Gaza e espremeu mais de 2 milhões de palestinos em áreas cada vez menores no sul e ao longo da costa.

'Ao contrário do que acontecia no passado, a IDF (força israelense) não está evacuando as áreas que foram tomadas', disse Katz em um comunicado após reunião com comandantes militares, acrescentando que 'dezenas de por cento' de Gaza foram adicionadas à zona.

'A IDF permanecerá nas zonas de segurança como um amortecimento entre o inimigo e as comunidades em qualquer situação temporária ou permanente em Gaza -- como no Líbano e na Síria.'

Somente no sul de Gaza, as forças israelenses tomaram cerca de 20% do território do enclave, assumindo o controle da cidade fronteiriça de Rafah e avançando para o interior até o chamado 'corredor Morag', que vai do extremo leste de Gaza até o Mar Mediterrâneo, entre Rafah e a cidade de Khan Younis.

O país já mantém um amplo corredor na área central de Netzarim e estendeu uma zona de proteção ao redor da fronteira, centenas de metros para o interior, incluindo a área de Shejaia, a leste da Cidade de Gaza, ao norte.

Israel afirma que suas forças mataram centenas de combatentes do Hamas, incluindo muitos comandantes seniores do grupo militante palestino, mas a operação alarmou as Nações Unidas e os países europeus.

Mais de 400.000 palestinos foram deslocados desde que as hostilidades foram retomadas em 18 de março, após dois meses de relativa calma, de acordo com agência humanitária da ONU, e os ataques aéreos e bombardeios israelenses mataram pelo menos 1.630 pessoas.

A organização médica beneficente MSF disse que Gaza havia se tornado uma 'vala comum', com grupos humanitários em dificuldades para fornecer ajuda. 'Estamos testemunhando em tempo real a destruição e o deslocamento forçado de toda a população de Gaza', afirmou Amande Bazerolle, coordenadora de emergência do MSF em Gaza, em um comunicado.

Katz disse que Israel, que bloqueou a entrega de suprimentos de ajuda no território, estava criando uma infraestrutura para permitir a distribuição por meio de empresas civis em uma data posterior. Mas ele declarou que o bloqueio à ajuda permaneceria em vigor.

LINHAS VERMELHAS

Os comentários de Katz, repetindo a exigência de Israel para que o Hamas se desarme, ressaltam a distância que separa os dois lados de qualquer acordo de cessar-fogo, apesar dos esforços dos mediadores egípcios para reavivar as tentativas de chegar a um acordo.

O Hamas descreve repetidamente os pedidos de desarmamento como uma linha vermelha que não cruzará e disse que as tropas israelenses devem se retirar de Gaza em qualquer cessar-fogo permanente.

'Qualquer trégua sem garantias reais de interrupção da guerra, retirada total, suspensão do bloqueio e início da reconstrução será uma armadilha política', declarou o Hamas em um comunicado na quarta-feira.

Duas autoridades israelenses disseram esta semana que não houve progresso nas negociações, apesar de relatos da mídia sobre uma possível trégua para permitir a troca de alguns dos 59 reféns ainda mantidos em Gaza por prisioneiros palestinos.

Escrito por Reuters

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