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Itália envia requerentes de asilo reprovados para centro de detenção na Albânia

Placeholder - loading - Navio da Marinha italiana transportando migrantes chega à Albânia 11/04/2025 REUTERS/Florion Goga
Navio da Marinha italiana transportando migrantes chega à Albânia 11/04/2025 REUTERS/Florion Goga

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SHENGJIN, Albânia (Reuters) - A Itália enviou 40 solicitantes de asilo à Albânia nesta sexta-feira para serem mantidos até sua repatriação nos países de origem em centros de detenção vagos administrados pela Itália e construídos em meio a um esquema paralisado de dissuasão da migração.

A Itália construiu duas instalações na Albânia no ano passado com a intenção de usá-las para processar pedidos de asilo de migrantes apanhados no mar, esperando que a iniciativa pudesse desincentivar as pessoas de tentar chegar à Itália.

Entretanto o esquema foi suspenso após tribunais italianos anularem repetidamente a transferência de migrantes do mar, forçando o governo a trazê-los para a Itália para avaliação de sua situação legal.

Diante das críticas da oposição sobre a confusão jurídica, a coalizão conservadora da primeira-ministra Giorgia Meloni decidiu, no mês passado, usar a Albânia como ponto de parada para as pessoas cujos pedidos de asilo já foram recusados.

Não está claro quanto tempo os migrantes vão permanecer na Albânia. De acordo com a lei italiana, os solicitantes de asilo que não obtiveram êxito podem ser detidos por até 18 meses enquanto aguardam a deportação.

Autoridades italianas não forneceram detalhes sobre o primeiro grupo levado por uma embarcação naval de Brindisi, na costa do Adriático, para o porto albanês de Shengjin.

A Itália tem um histórico ruim de repatriação de imigrantes ilegais. Em 2023, pouco mais de 4.000 foram enviados à força para casa, cerca de um terço do número devolvido pela França e pela Alemanha, segundo dados oficiais.

Muitos outros simplesmente ignoraram suas ordens de expulsão, desaparecendo à surdina na Itália ou deslocando-se para outro país europeu.

Originalmente, Meloni esperava que os dois campos albaneses fossem capazes de processar cerca de 36.000 solicitantes de asilo do sexo masculino por ano de uma lista governamental de países seguros, com a ideia de repatriá-los rapidamente após a provável rejeição de seus pedidos.

O governo ainda espera voltar a seu plano original e aguarda uma decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia que poderia obrigar os juízes italianos a processar novos solicitantes de asilo enviados à Albânia.

(Reportagem de Florion Goga em Shengjin e Angelo Amante em Roma)

Escrito por Reuters

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