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Japão e Coreia do Sul buscam amenizar o impacto das tarifas antes do prazo final de agosto

Japão e Coreia do Sul buscam amenizar o impacto das tarifas antes do prazo final de agosto

Reuters

08/07/2025

Placeholder - loading - Veículos novos das montadoras japonesas Subaru e Honda no Porto de Richmond, EUA 07/07/2025. REUTERS/Carlos Barria
Veículos novos das montadoras japonesas Subaru e Honda no Porto de Richmond, EUA 07/07/2025. REUTERS/Carlos Barria

Por Jeff Mason e Leika Kihara

WASHINGTON/TÓQUIO (Reuters) - Japão e Coreia do Sul afirmaram nesta terça-feira que tentarão negociar com os Estados Unidos para amenizar o impacto das tarifas mais altas que o presidente Donald Trump planeja impor a partir do início de agosto.

Trump intensificou sua guerra comercial novamente na segunda-feira, dizendo a 14 nações que elas enfrentarão tarifas que variam de 25% para países como Japão e Coreia do Sul a 40% para Laos e Mianmar.

No entanto, com o adiamento da data de início para 1º de agosto, esses países estão se concentrando na nova janela de três semanas para pressionar por uma solução.

O Japão quer concessões para sua grande indústria automobilística, disse o principal negociador comercial, Ryosei Akazawa, nesta terça-feira.

Akazawa disse que teve um telefonema de 40 minutos com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, na qual os dois concordaram em continuar ativamente as negociações. No entanto, ele disse que não sacrificará o setor agrícola do Japão - um poderoso lobby político no país - em prol de um acordo antecipado.

A Coreia do Sul disse que planeja intensificar as negociações comerciais nas próximas semanas 'para chegar a um resultado mutuamente benéfico'.

Questionado se o último prazo é firme, Trump respondeu na segunda-feira: 'Eu diria que é firme, mas não 100% firme. Se eles ligarem e disserem que gostariam de fazer algo de uma maneira diferente, estaremos abertos a isso'

UNIÃO EUROPEIA BUSCA ACORDO

A União Europeia, maior parceiro comercial bilateral dos EUA, pretende chegar a um acordo antes de 1º de agosto, com negociações focadas no 'reequilíbrio' e em concessões para determinados setores importantes de exportação, disse uma fonte europeia familiarizada com as negociações.

Algumas fontes da UE disseram no final da segunda-feira que o bloco estava próximo de um acordo com o governo Trump.

Isso poderia envolver concessões limitadas às tarifas básicas dos EUA de 10% para aeronaves e peças, alguns equipamentos médicos e bebidas alcoólicas.

Apenas dois acordos foram fechados até o momento, com o Reino Unido e o Vietnã. Washington e Pequim concordaram com uma estrutura comercial em junho mas, como muitos detalhes ainda não estão claros, operadores e investidores estão atentos para ver se ela se desfaz ou leva a uma trégua duradoura.

As táticas comerciais de Trump estão dificultando o planejamento de países e empresas com alguma certeza, disse o diretor executivo da agência de comércio das Nações Unidas nesta terça-feira.

'Essa medida, na verdade, amplia o período de incerteza, minando os investimentos de longo prazo e os contratos comerciais e criando mais incerteza e instabilidade', disse Pamela Coke-Hamilton, diretora executiva do Centro de Comércio Internacional, a repórteres em Genebra.

Trump disse que os Estados Unidos vão impor tarifas de 25% sobre os produtos da Tunísia, Malásia e Cazaquistão, com taxas de 30% sobre a África do Sul, Bósnia e Herzegovina, subindo para 32% sobre a Indonésia, 35% sobre a Sérvia e Bangladesh, 36% sobre o Camboja e Tailândia e 40% sobre Laos e Mianmar.

(Reportagem de Jack Kim, Ju-min Park, Jihoon Lee, Joyce Lee, Philip Blenkinsop, Julia Payne, Olivia Le Poidevin e Emma Farge)

Reuters

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