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Juíza que barrou Le Pen de eleições na França recebe proteção policial após sofrer ameaças

Placeholder - loading - Marine Le Pen, líder de extrema-direita da França 22/10/2024 REUTERS/Stephanie Lecocq
Marine Le Pen, líder de extrema-direita da França 22/10/2024 REUTERS/Stephanie Lecocq

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Por Gabriel Stargardter

PARIS (Reuters) - A juíza que impediu a líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, de concorrer às eleições presidenciais de 2027 está sob proteção policial depois de sofrer ameaças de morte e ter seu endereço residencial compartilhado nas redes sociais, informou uma fonte com conhecimento direto do assunto.

O endereço de Benedicte de Perthuis -- a presidente de um painel de três juízes que considerou Le Pen culpada de desvio de fundos da União Europeia e lhe impôs uma proibição de cinco anos de concorrer a cargos públicos -- foi compartilhado depois que ela proferiu sua decisão na segunda-feira, disse a fonte. A magistrada agora está recebendo proteção policial no trabalho e em casa.

De Perthuis também recebeu ameaças nas mídias sociais, com sua foto espalhada por sites de extrema-direita e na plataforma X.

A polícia de Paris confirmou que uma investigação sobre as ameaças estava em andamento, encaminhando outras perguntas ao gabinete do promotor de Paris, que não respondeu de imediato.

Em uma reunião ministerial nesta quarta-feira, o presidente da França, Emmanuel Macron, fez seus primeiros comentários desde a condenação de Le Pen, dizendo aos ministros que o Judiciário da França é independente e que suas decisões devem ser respeitadas como um pilar da democracia, de acordo com a porta-voz do governo, Sophie Primas.

'As ameaças feitas contra juízes são absolutamente intoleráveis', disse Macron, de acordo com Primas.

As ameaças contra De Perthuis e outras autoridades judiciais envolvidas no julgamento de Le Pen provocaram um exame de consciência na França sobre uma corrente de descontentamento populista que está minando a fé no Judiciário.

Quase 90% dos apoiadores do partido Reunião Nacional (RN), de Le Pen, acreditam que o tribunal a tratou com mais severidade do que outros políticos, enquanto mais da metade dos franceses acredita que ela teve um julgamento justo, de acordo com uma pesquisa da Odoxa publicada na segunda-feira.

LE PEN CONDENA AMEAÇAS

Antes da decisão de segunda-feira, Le Pen era a primeira colocada nas pesquisas para a eleição presidencial de 2027 na França. Ela e seus aliados no país e no exterior acusaram o establishment francês de sabotar suas ambições presidenciais, dizendo que os juízes causaram uma crise democrática ao se intrometerem na política.

Le Pen negou ter provocado uma reação contra o Judiciário e condenou as ameaças contra De Perthuis. Ela prometeu usar os meios legais para anular sua sentença.

Christophe Soulard, chefe do Tribunal de Apelação, a mais alta corte judicial da França, disse em entrevista ao Le Monde publicada nesta quarta-feira que as ameaças mostram que a democracia da França foi enfraquecida e está enfrentando um 'momento preocupante'.

'Atacar o Judiciário não é apenas um ataque aos juízes, mas também aos fundamentos de nossa democracia', disse. 'Os juízes hoje estão sendo atacados pessoalmente, especialmente nas mídias sociais, o que é um fenômeno novo.'

Escrito por Reuters

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