Júri dos EUA condena Trump por abuso sexual da escritora E. Jean Carroll
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Por Jack Queen e Luc Cohen
NOVA YORK (Reuters) - Donald Trump abusou sexualmente da escritora E. Jean Carroll na década de 1990 e depois a difamou ao rotulá-la de mentirosa, decidiram jurados em um tribunal nos Estados Unidos nesta terça-feira, concedendo a ela 5 milhões de dólares por danos.
O ex-presidente dos Estados Unidos, que está em campanha para retornar à Casa Branca em 2024, vai apelar da decisão, disse seu porta-voz Steven Cheung. Trump não terá que pagar enquanto o caso estiver em apelação.
Carroll, de 79 anos, afirmou durante o julgamento civil que Trump, de 76 anos, a estuprou no provador de uma loja de departamentos Bergdorf Goodman em Manhattan em 1995 ou 1996, e depois prejudicou sua reputação ao escrever em um post em outubro de 2022 em sua plataforma Truth Social que as alegações dela eram 'uma fraude completa', 'uma farsa' e 'uma mentira'.
O júri de nove membros do tribunal federal de Manhattan concedeu 5 milhões de dólares em danos compensatórios e punitivos. Embora a constatação de abuso sexual tenha sido suficiente para estabelecer a responsabilidade de Trump pela agressão, o júri não concluiu que ele a estuprou.
O júri deliberou por pouco menos de três horas antes de rejeitar a negativa de Trump de ter abusado de Carroll. Para considerá-lo responsável, o júri de seis homens e três mulheres era obrigado a chegar a um veredicto unânime.
Trump esteve ausente durante o julgamento que começou em 25 de abril. Em uma publicação em sua plataforma Truth Social, Trump chamou o veredicto de 'desgraça' e disse: 'Não tenho absolutamente nenhuma ideia de quem é essa mulher'.
Presidente dos EUA de 2017 a 2021, Trump é o favorito nas pesquisas de opinião para a indicação presidencial republicana para a eleição do ano que vem.
(Reportagem de Jack Queen e Luc Cohen em Nova York; Reportagem adicional de Jonathan Stempel e Nathan Layne)
Escrito por Reuters
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