Justiça argentina concede prisão domiciliar à ex-presidente Cristina Kirchner

BUENOS AIRES (Reuters) - A Justiça da Argentina concedeu nesta terça-feira um pedido da ex-presidente Cristina Fernández de Kirchner, recentemente condenada por corrupção, para cumprir sua sentença em prisão domiciliar, um benefício concedido porque ela tem mais de 70 anos de idade.

A previsível decisão judicial ocorreu em meio ao apoio generalizado de seus partidários à líder peronista de centro-esquerda, que tem repetido que o julgamento contra ela foi injusto e politicamente destinado a impedi-la de competir nas próximas eleições legislativas.

O Tribunal Federal 2 ordenou 'a detenção de Cristina Elisabet Fernández de Kirchner, a partir de hoje e sob a modalidade de prisão domiciliar', de acordo com a decisão.

A Corte Suprema de Justiça havia confirmado na terça-feira a sentença de seis anos de prisão e inabilitação vitalícia para exercer cargos públicos por fraude contra o Estado, acusada de favorecer um empresário ao conceder-lhe projetos de obras públicas na Patagônia quando era presidente entre 2007 e 2015.

A ex-presidente, que também atuou como vice-presidente de 2019 a 2023, ficará em um apartamento em Buenos Aires, próximo ao centro da cidade.

(Reportagem de Nicolás Misculin)