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Kazaks contesta apostas de corte dos juros do BCE à medida que núcleo dos preços aumenta

Kazaks contesta apostas de corte dos juros do BCE à medida que núcleo dos preços aumenta

Reuters

13/01/2023

Placeholder - loading - Presidente do banco central da Letônia, Martins Kazaks, durante conferência em Riga, Letônia 03/11/2022 REUTERS/Ints Kalnins
Presidente do banco central da Letônia, Martins Kazaks, durante conferência em Riga, Letônia 03/11/2022 REUTERS/Ints Kalnins

Atualizada em  13/01/2023

Por Francesco Canepa

FRANKFURT (Reuters) - A autoridade do Banco Central Europeu Martins Kazaks está rejeitando as apostas dos investidores de que o BCE cortará seus juros até o final deste ano, dizendo que seria necessária uma recessão profunda para que os custos dos empréstimos fossem reduzidos.

Os mercados monetários esperam que o BCE aumente a taxa que paga sobre os depósitos bancários em quase 150 pontos-base até o meio do ano, antes de reverter o curso no final de 2023 e no próximo ano, implicando uma desaceleração no crescimento e na inflação.

Mas Kazaks disse à Reuters que não consegue ver uma 'justificativa' para isso e que os juros devem continuar subindo para conter a inflação na zona do euro, que está em quase cinco vezes a meta de 2% do BCE.

'Seria necessária uma recessão profunda com um salto considerável no desemprego para que a inflação caísse e, assim, pressionasse por cortes nos juros', disse o presidente do banco central da Letônia em entrevista. 'Mas isso não é provável, dada a atual perspectiva macroeconômica'.

Kazaks, geralmente visto como agressivo na política monetária, acrescentou que os juros devem subir 'bem em território restritivo', um nível pouco claro que restringe o crescimento econômico e que a maioria dos economistas vê como estando acima da atual taxa de 2%.

A inflação na zona do euro caiu para 9,2% no mês passado, em grande parte graças aos preços mais baixos de energia e a um subsídio pontual na Alemanha, mas o núcleo das pressões de preços continuou a aumentar.

(Reportagem de Francesco Canepa)

Reuters

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