Kremlin diz que reunião Putin-Trump pode acontecer em duas semanas, mas há muito o que fazer antes
Kremlin diz que reunião Putin-Trump pode acontecer em duas semanas, mas há muito o que fazer antes
Reuters
17/10/2025
MOSCOU (Reuters) - O Kremlin afirmou nesta sexta-feira que uma cúpula entre os presidentes Vladimir Putin e Donald Trump poderia ocorrer dentro de duas semanas, ou um pouco mais tarde, mas que havia muito a ser resolvido antes que uma data pudesse ser definida.
Trump e Putin concordaram na quinta-feira em realizar uma segunda reunião sobre a guerra na Ucrânia, provisoriamente em Budapeste, após um encontro em 15 de agosto no Alasca que não conseguiu produzir um avanço.
O anúncio ocorreu na véspera de uma reunião entre Trump e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, e no momento em que Washington está considerando fornecer a Kiev mísseis de cruzeiro Tomahawk.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse aos repórteres que o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, precisariam telefonar um para o outro e marcar uma reunião para resolver muitas questões pré-cúpula.
'Há muitas perguntas, as equipes de negociação precisam ser definidas, e assim por diante. Portanto, tudo será feito em etapas, mas, é claro, a vontade dos presidentes está presente', afirmou Peskov.
'Ela (a cúpula) poderia de fato ocorrer dentro de duas semanas ou um pouco mais tarde. Há um entendimento geral de que nada deve ser adiada.'
Peskov disse que a Rússia continua aberta a um acordo para acabar pacificamente com a guerra na Ucrânia.
A Rússia culpa Kiev e seus aliados europeus pelo impasse nas negociações de paz. Eles, por sua vez, acusam-na de fazer exigências inaceitáveis e disseram que não acreditam que Putin esteja levando a sério a busca pela paz.
O Kremlin afirmou separadamente que Putin e o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, conversaram por telefone na sexta-feira para discutir a próxima cúpula e que Orbán disse que a Hungria está disposta a sediar o evento.
(Reportagem de Gleb Stolyarov)
Reuters

