LADY GAGA EM FOCO: PARTICIPAÇÃO EM SÉRIE, VIDEO SURPRESA E SHOW CANCELADO

A poucos dias antes do MTV Video Music Awards 2025, enquanto os fãs aguardam ansiosos pela participação de Lady Gaga na festa do videoclipe, uma série de acontecimentos inesperados colocou a artista no centro das atenções. Em um intervalo de poucas horas, Gaga apareceu na Parte 2 da segunda temporada de Wednesday (no Brasil nomeada Wandinha), lançou um single inédito acompanhado por um videoclipe dirigido por Tim Burton e, de forma abrupta, cancelou um show em Miami minutos antes do início. O desenrolar desses episódios, em ritmo de novela, mostra como a cantora continua sendo uma das personalidades mais fascinantes — e imprevisíveis — da música pop contemporânea.

A participação em Wednesday (Wandinha)

Na terça-feira (3), Gaga fez sua aguardada estreia na Parte 2 da segunda temporada de Wednesday (no Brasil nomeada Wandinha), da Netflix, interpretando a enigmática professora Rosaline Rotwood. A possibilidade de sua participação já vinha sendo comentada desde o TUDUM 2025, evento global da Netflix realizado em julho, em Los Angeles, quando a cantora dividiu o palco com a atriz Jenna Ortega.

Na ocasião, Gaga protagonizou uma performance que parou a internet e a colocou entre os assuntos mais comentados do mundo: um medley conceitual que reuniu “Zombieboy”, “Bloody Mary” e “Abracadabra” (recorde um trecho abaixo), em um espetáculo que misturava moda, dança, terror e cultura pop em doses iguais.

Por isso, sua entrada na série não foi exatamente uma surpresa para os fãs mais atentos — mas sim a confirmação oficial de algo já muito esperado. A verdadeira revelação inesperada, contudo, viria apenas algumas horas depois, com o lançamento de um videoclipe totalmente inédito, mantido em segredo absoluto até a estreia.

A personagem, descrita como uma mentora rigorosa e ao mesmo tempo excêntrica, dialoga diretamente com o espírito da série, que mistura humor ácido e estética gótica. A presença de Gaga trouxe não apenas mais peso ao elenco, mas também aumentou a repercussão global da produção, com trechos da sua participação viralizando nas redes sociais em poucas horas. Críticos internacionais destacaram que sua performance está “à altura da aura teatral que a acompanha nos palcos”, fortalecendo ainda mais a associação da cantora com universos sombrios e excêntricos.

O lançamento de The Dead Dance

Lady Gaga pegou o mundo de surpresa com o lançamento de “The Dead Dance”, um single inédito acompanhado de um videoclipe dirigido por Tim Burton. A produção foi mantida em sigilo absoluto até a estreia, sem teasers ou anúncios prévios, o que intensificou ainda mais o impacto e transformou o lançamento em um evento global imediato.

O clipe foi filmado na Ilha das Bonecas, no México, cenário perfeito para a estética gótica que une Gaga e Burton. Figurinos exuberantes de Colleen Atwood e coreografias assinadas por Parris Goebel e Corey Baker completam o espetáculo visual, descrito pela crítica como um “banquete sombrio para os olhos”.

Musicalmente, “The Dead Dance” dialoga com a estética dos anos 80, marcada por sintetizadores densos e uma batida melancólica, evocando tanto a energia de pista quanto o drama teatral característico de Gaga. Assista ao vídeo:

A atmosfera do single e do videoclipe se conecta à proposta da trilha sonora da temporada, que reúne músicas de diferentes épocas e estilos — de Bruce Springsteen (“Dancing in the Dark”) e R.E.M. (“Losing My Religion”) a escolhas inusitadas que reforçam o espírito excêntrico da série.

O lançamento foi recebido com entusiasmo: em poucas horas, o clipe acumulou milhões de visualizações e se tornou um dos temas mais comentados nas redes sociais, reforçando a habilidade de Gaga de transformar cada projeto em um acontecimento cultural.

O cancelamento inesperado em Miami

No mesmo dia em que celebrava sua entrada em Wednesday e o sucesso inicial de The Dead Dance, Gaga precisou lidar com um episódio delicado. Minutos antes de subir ao palco do Kaseya Center, em Miami, a cantora comunicou aos fãs que cancelaria o show por orientação médica.

Em uma mensagem publicada em seus stories no Instagram, Gaga explicou que estava sofrendo de uma tensão vocal severa e que insistir em se apresentar poderia causar danos permanentes às cordas vocais. “Eu queria ser hardcore e seguir para vocês, mas preciso ouvir os médicos”, escreveu, em tom emocionado.

O público, já presente no local, recebeu a notícia com surpresa e certa frustração, mas a maior parte dos fãs demonstrou apoio à decisão, valorizando a honestidade da artista. A equipe de Gaga anunciou que já trabalha em alternativas para reagendar o espetáculo e cuidar da logística de reembolsos.

A imprensa americana destacou a vulnerabilidade da cantora naquele momento, contrapondo a imagem poderosa do videoclipe e da série à fragilidade de sua condição física no palco. O episódio gerou ainda mais debate sobre os efeitos da pressão de turnês globais intensas e compromissos promocionais ininterruptos na saúde dos artistas.

Impressão do editor

Dois aspectos chamam a atenção nesse turbilhão o qual Lady Gaga está envolvida, além da contagem regressiva no que parece ser a edição mais importante do VMA nos últimos anos, é, primeiro, como a sua proposta estética artística atual com a fase iniciada com o lançamento de Mayhem se encaixou perfeitamente à proposta da série Wednesday e mais impressionante ainda, ao próprio estilo de Tim Burton, um casamento de coincidências de fazer cair o queixo dos mais atentos à sinergia que se desenvolveram para a perfeição dos fatos atuais, a turnê bem sucedida da cantora, assim como o impressionante número de indicações ao VMA, refletindo seu auge criativo e comercial, tudo isso cansando com o projeto da segunda parte da série da NetFlix.

Por outro lado, o que também se desenha é um retrato da intensidade quase insuportável que envolve Lady Gaga neste momento da carreira. Em poucas horas, ela transitou entre a glória artística — com uma estreia elogiada em uma das séries mais populares da atualidade e o lançamento de um videoclipe de estética impecável — e a vulnerabilidade humana, ao ser forçada a interromper um espetáculo diante de milhares de fãs.

Esse ritmo alucinante, que mistura turnês, gravações, compromissos midiáticos e uma expectativa sempre crescente, parece colocar a artista em um verdadeiro pico de emoções. Gaga se mostra, mais uma vez, como uma estrela que habita os extremos: ora soberana nos palcos e telas, ora fragilizada pela própria dedicação. É justamente essa dualidade que faz dela uma das figuras mais magnéticas e comentadas da cultura pop mundial.

E enquanto isso, continuamos contando as horas para o que tudo indica será o auge do VMA nos últimos anos — tanto em relação ao espetáculo que promete entregar no palco quanto aos prêmios que Lady Gaga poderá levar para casa.