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Grupo lança campanha para indicação de líder indígena Raoni ao Nobel da Paz de 2020

Grupo lança campanha para indicação de líder indígena Raoni ao Nobel da Paz de 2020

Reuters

14/09/2019

Placeholder - loading - Líder indígena Raoni participa de cúpula do G7, na França, em agosto REUTERS/Regis Duvignau
Líder indígena Raoni participa de cúpula do G7, na França, em agosto REUTERS/Regis Duvignau

Atualizada em  14/09/2019

Por Anthony Boadle

BRASÍLIA (Reuters) - Um grupo de antropologistas e ambientalistas do Brasil propôs a indicação do líder indígena Raoni Metuktire, do povo Caiapó, como candidato ao prêmio Nobel da Paz de 2020 por seu trabalho voltado para a proteção da Floresta Amazônica.

Raoni, ícone dos povos indígenas da Amazônia, tornou-se internacionalmente conhecido como um defensor do meio ambiente na década de 1980 com o cantor Sting ao seu lado.

Aos 89 anos de idade, Raoni voltou à luta neste ano para buscar ajuda para o fim das queimadas que estão destruindo a floresta e que estão ocorrendo, segundo ele, por causa dos planos do presidente Jair Bolsonaro para levar projetos econômicos para a Amazônia e de assimilação dos povos indígenas da floresta.

A Fundação Darcy Ribeiro anunciou nesta semana que propôs formalmente o nome de Raoni para a indicação ao comitê norueguês do Nobel, responsável pela escolha dos vencedores da premiação anual.

A fundação também escreveu ao presidente francês, Emmanuel Macron, para pedir apoio para a nomeação de Raoni. O líder indígena encontrou-se duas vezes neste ano com Macron, que criticou a política ambiental do governo Bolsonaro durante recente reunião dos líderes do G7.

O vice-presidente da fundação, Toni Lotar, afirmou neste sábado que a indicação de Raoni foi aceita inicialmente pelo comitê do Nobel, mas que a fundação ainda precisa completar o processo.

'O chefe Raoni é um símbolo vivo da luta de proteção da natureza e dos direitos dos povos indígenas da Amazônia', disse Lotar à Reuters. 'Ele é respeitado mundialmente por uma vida dedicada à sobrevivência de nosso planeta que está ameaçada pelas mudanças climáticas', disse Lotar.

O governo de Bolsonaro nega que tenha encorajado uma campanha de queimadas na região amazônica e culpa a explosão nos focos de incêndio à temporada de seca.

Reuters

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