Líderes da China prometem reprimir guerras de preços à medida que aumentam riscos de deflação
Líderes da China prometem reprimir guerras de preços à medida que aumentam riscos de deflação
Reuters
01/07/2025
Por Joe Cash
PEQUIM (Reuters) - Os principais líderes da China se comprometeram nesta terça-feira a intensificar a regulamentação de cortes agressivos de preços pelas empresas chinesas, informou a agência de notícias estatal Xinhua, enquanto a segunda maior economia do mundo luta para se livrar das persistentes pressões deflacionárias.
O excesso de capacidade entre os fabricantes chineses e os cortes de preços feitos para limpar estoques provocaram guerras de preços que estão mostrando sinais de influenciar o comportamento do consumidor. Analistas temem que isso possa levar a mais reduções, aumentando as preocupações de que a deflação possa se consolidar e prejudicar os esforços para estabilizar a economia.
'As empresas que se envolvem em concorrência desordenada de preços baixos devem ser regulamentadas de acordo com as leis e regulamentos', disse a Xinhua citando uma reunião da Comissão Central de Assuntos Financeiros e Econômicos.
A comissão é o principal órgão de política econômica do Partido Comunista no poder e é presidida pelo presidente Xi Jinping.
'As empresas devem ser orientadas para melhorar a qualidade dos produtos e apoiar a eliminação gradual e ordenada da capacidade de produção obsoleta', acrescentou a matéria da Xinhua.
Dados mostraram na segunda-feira que os fabricantes estavam reduzindo os preços para atrair compradores, já que o ataque tarifário do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaça a viabilidade de longo prazo das vendas para os EUA, o principal mercado consumidor do mundo, e a demanda doméstica continua fraca.
Um editorial de primeira página publicado no domingo no jornal oficial do Partido Comunista, o People's Daily, chamou bastante atenção por seu apelo para que a economia chinesa 'se liberte da concorrência 'estilo corrida de ratos'' entre as empresas.
O artigo concluiu que o corte implacável de preços promoveu uma concorrência destrutiva que desafia os princípios econômicos e tem consequências econômicas negativas claras.
(Reportagem de Joe Cash)
Reuters