Líderes dariam boas-vindas a conversas entre Rússia e Ucrânia no Vaticano, diz Meloni, da Itália
Líderes dariam boas-vindas a conversas entre Rússia e Ucrânia no Vaticano, diz Meloni, da Itália
Reuters
19/05/2025
ROMA (Reuters) - Líderes europeus e dos Estados Unidos conversaram nesta segunda-feira e saudaram a declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que o papa Leão 14 estaria interessado em sediar conversações entre a Rússia e a Ucrânia no Vaticano, disse a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, embora o Vaticano não tenha confirmado tal oferta do papa.
O Vaticano não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Trump disse em publicações em redes sociais que 'o Vaticano, representado pelo papa, declarou que estaria muito interessado em sediar as negociações'.
O gabinete de Meloni disse que líderes europeus, incluindo o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy, o presidente francês Emmanuel Macron e o chanceler alemão Friedrich Merz, conversaram com Trump após o telefonema com o colega russo Vladimir Putin.
'O trabalho está em andamento para iniciar imediatamente as negociações entre as partes que podem levar a um cessar-fogo o mais rápido possível e construir as condições para uma paz justa e duradoura na Ucrânia', disse a declaração do governo italiano.
'Nesse sentido, a disposição do Santo Padre de sediar as conversações no Vaticano foi considerada positiva. A Itália está pronta para fazer sua parte para facilitar os contatos e trabalhar pela paz', acrescentou a declaração.
Eleito há duas semanas, o papa Leão é o primeiro líder norte-americano da Igreja Católica mundial. Em um discurso em 14 de maio, o pontífice afirmou que o Vaticano poderia atuar como mediador em conflitos globais, sem mencionar especificamente a Ucrânia e a Rússia.
'A Santa Sé está sempre pronta para ajudar a reunir os inimigos, cara a cara, para conversar uns com os outros, para que os povos de todos os lugares possam mais uma vez encontrar esperança e recuperar a dignidade que merecem, a dignidade da paz', disse ele.
(Reportagem de Alvise Armellini e Joshua McElwee)
Reuters