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Líderes mundiais condenam tarifas de Trump e alguns prometem retaliação

Placeholder - loading - Donald Trump anuncia tarifas na Casa Branca  2/4/2025  REUTERS/Carlos Barria
Donald Trump anuncia tarifas na Casa Branca 2/4/2025 REUTERS/Carlos Barria

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(Reuters) - Países de todo o mundo, incluindo alguns dos aliados mais próximos dos Estados Unidos, condenaram o anúncio de tarifas recíprocas feito pelo presidente Donald Trump e alguns prometeram contramedidas, ao mesmo tempo em que esperam que a Casa Branca esteja aberta a negociações.

A China pediu que os Estados Unidos cancelem imediatamente suas tarifas mais recentes e prometeu salvaguardar seus próprios interesses, ameaçando levar as maiores economias do mundo a uma guerra comercial que provavelmente afetará as cadeias de suprimentos globais.

'Esse não é o ato de um amigo', disse o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, uma nação frequentemente descrita como o 'xerife adjunto' dos Estados Unidos na Ásia. 'As tarifas do governo (Trump) não têm base lógica e vão contra a base da parceria de nossas duas nações.'

Líderes de Japão, Nova Zelândia, Taiwan e Coreia do Sul, todos grandes aliados dos EUA na região, criticaram a medida de Trump. 'Precisamos decidir o que é melhor para o Japão e o que é mais eficaz, de forma cuidadosa, mas ousada e rápida', disse o ministro do Comércio, Yoji Muto, quando perguntado se o Japão iria retaliar.

Trump afirmou na quarta-feira que vai impor uma tarifa base de 10% sobre todas as importações para os EUA e taxas mais altas sobre dezenas de outros países.

Entre os aliados próximos dos EUA, o Japão foi atingido com uma taxa de 24%, a Coreia do Sul com 25%, Taiwan com 32% e a União Europeia com 20%. Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia, Arábia Saudita e a maior parte da América do Sul foram atingidos com o mínimo de 10%.

'As consequências serão terríveis para milhões de pessoas em todo o mundo', disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. 'Estamos prontos para responder e estamos preparando novos pacotes de medidas para proteger nossos interesses.'

Trump anunciou que a China será atingida com uma tarifa de 34%, além dos 20% que ele impôs no início deste ano, elevando o total das novas taxas para 54% e próximo do valor de 60% que ele havia ameaçado durante a campanha.

A medida dos EUA desconsidera o equilíbrio de interesses alcançado nas negociações comerciais multilaterais ao longo dos anos e o fato de que há muito tempo o país tem se beneficiado muito do comércio internacional, disse o Ministério do Comércio de Pequim em um comunicado. 'A China se opõe firmemente a isso', declarou. 'Não há vencedores em guerras comerciais e não há saída para o protecionismo.'

No entanto, vários líderes pressionaram por conversas com a Casa Branca, buscando isenções ou um recuo nas tarifas, enquanto von der Leyen disse que concordava com Trump que o sistema de comércio global tem 'sérias deficiências'.

SEM NOVAS TARIFAS PARA CANADÁ E MÉXICO

Trump não está impondo sua nova taxa tarifária global de 10% sobre os importantes parceiros comerciais Canadá e México, enquanto sua ordem anterior permanece em vigor para tarifas de até 25% sobre muitos produtos dos dois países devido a questões de controle de fronteiras e tráfico de fentanil, disse a Casa Branca em um informativo.

'Vamos combater essas tarifas com contramedidas, vamos proteger nossos trabalhadores e vamos construir a economia mais forte do G7', disse o primeiro-ministro canadense, Mark Carney.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, declarou na quarta-feira que o México não iria buscar uma ação retaliatória sobre as tarifas, mas sim anunciar um 'programa abrangente' nesta quinta-feira.

Escrito por Reuters

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