Lula visita ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner em prisão domiciliar
Lula visita ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner em prisão domiciliar
Reuters
03/07/2025
Atualizada em 03/07/2025
Por Lucila Sigal
BUENOS AIRES (Reuters) - Após participar das conversações comerciais do Mercosul, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou nesta quinta-feira a ex-presidente argentina Cristina Fernández de Kirchner em seu apartamento em Buenos Aires, onde ela cumpre pena de seis anos por corrupção.
Lula não se reuniu em particular com o presidente libertário de direita da Argentina, Javier Milei, que o chamou anteriormente de 'comunista' e 'corrupto'. Durante a cúpula em Buenos Aires e a primeira visita de Lula à Argentina desde que Milei assumiu o cargo, o Brasil assumiu a presidência rotativa do Mercosul.
Cristina foi presidente da Argentina de 2007 a 2015 e, no mês passado, começou a cumprir uma sentença por participar de um esquema de fraude que direcionou projetos de obras de estradas públicas para um aliado próximo enquanto ela era presidente. A sentença, confirmada em junho pela Suprema Corte do país, também impede Cristina de exercer cargos públicos.
Em uma publicação no X, acompanhada de uma foto ao lado de Cristina, Lula disse ter com a ex-presidente argentina 'uma amizade de muitos anos' e disse ter desejado a ela força para continuar lutando.
'Além de prestar minha solidariedade a ela por tudo que tem vivido, desejei toda a força para seguir lutando com a mesma firmeza que tem sido a marca de sua trajetória na vida e na política', escreveu Lula.
'Pude sentir nas ruas o apoio popular que tem recebido e sei bem o quanto é importante esse reconhecimento nos momentos mais difíceis. Que fique bem e siga firme na sua luta por justiça.'
Nos últimos dias, partidários de Cristina têm se reunido do lado de fora de seu apartamento, na esperança de vislumbrar a figura proeminente da oposição quando ela aparecer em sua varanda.
Assim como Cristina, Lula também disse que a condenação por corrupção que sofreu em 2017 -- pela qual cumpriu 19 meses de prisão -- foi resultado de perseguição política.
(Reportagem de Lucila Sigal)
Reuters