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Macron busca novo primeiro-ministro para França após colapso do governo

Macron busca novo primeiro-ministro para França após colapso do governo

Reuters

09/09/2025

Placeholder - loading - Presidente francês Emmanuel Macron em Paris  4/9/2025   REUTERS/Sarah Meyssonnier
Presidente francês Emmanuel Macron em Paris 4/9/2025 REUTERS/Sarah Meyssonnier

Por Zhifan Liu e Michel Rose

PARIS (Reuters) - O presidente da França, Emmanuel Macron, está buscando seu quinto primeiro-ministro em menos de dois anos, depois que os partidos de oposição se uniram para destituir o primeiro-ministro de centro-direita François Bayrou por causa de seus planos impopulares de restrição orçamentária.

Bayrou, derrotado por 364-194 em uma votação de confiança parlamentar na segunda-feira, entregará oficialmente sua renúncia a Macron nesta terça-feira.

Quem quer que Macron escolha para sucedê-lo enfrentará a tarefa quase impossível de unir o Parlamento e encontrar maneiras de aprovar um orçamento para o próximo ano. A França está sob pressão para reduzir um déficit que é quase o dobro do teto de 3% da União Europeia e uma pilha de dívidas equivalente a 114% do PIB.

O nome do ministro da Defesa, Sebastien Lecornu, estava entre os que circulavam para ser o próximo primeiro-ministro, sendo que as outras opções de Macron seriam alguém de centro-esquerda ou um tecnocrata.

Não há regras que determinem quem o presidente deve escolher ou com que rapidez. Macron, de 47 anos e no cargo desde 2017, nomeará seu novo primeiro-ministro nos próximos dias, informou seu gabinete na segunda-feira.

Os socialistas estavam entre os que disseram que era sua vez de governar. 'Eu gostaria que fosse a esquerda, os verdes. Precisamos reivindicar o poder', disse o chefe do Partido Socialista, Olivier Faure, à rádio France Inter.

Enquanto isso, o Reunião Nacional, de extrema-direita, repetiu seu apelo por uma eleição parlamentar antecipada, que Macron até agora descartou. Dissolver o Parlamento 'é a única maneira, a melhor maneira, de sair de uma crise política', disse a líder do partido, Marine Le Pen, aos repórteres.

A decisão de Macron, no ano passado, de convocar uma eleição parlamentar antecipada resultou apenas em um Parlamento mais fragmentado.

A reação do mercado foi relativamente discreta no início das negociações de terça-feira, com a saída de Bayrou já amplamente precificada. O próximo teste será a decisão da Fitch sobre a classificação soberana da França na sexta-feira.

As empresas francesas estão preocupadas com o impacto da crise política.

'A queda do governo se soma a meses de instabilidade política que já minaram a confiança econômica', disse Maya Noël, do lobby tecnológico France Digitale. 'No setor de inovação, essa instabilidade tem um custo imediato: desacelera os investimentos e as contratações.'

O país também estava se preparando para os protestos antigovernamentais 'Vamos bloquear tudo' na quarta-feira, que se multiplicaram nas mídias sociais em um possível eco dos protestos generalizados anti-Macron que abalaram o país em 2018-2019.

(Reportagem de Benoit Van Overstraeten, Dominique Vidalon, Florence Loeve, Michel Rose, Zhifan Liu, Stephane Mahe, Marco Trujillo)

Reuters

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