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Maioria nos EUA acredita que países deveriam reconhecer Estado palestino, mostra pesquisa Reuters/Ipsos

Maioria nos EUA acredita que países deveriam reconhecer Estado palestino, mostra pesquisa Reuters/Ipsos

Reuters

20/08/2025

Placeholder - loading - Local atacado por Israel na Cidade de Gaza  20/8/2025   REUTERS/Dawoud Abu Alkas
Local atacado por Israel na Cidade de Gaza 20/8/2025 REUTERS/Dawoud Abu Alkas

Por Patricia Zengerle e Jason Lange

WASHINGTON (Reuters) - Uma maioria de 58% dos norte-americanos acredita que todos os países das Nações Unidas deveriam reconhecer a Palestina como nação, de acordo com uma nova pesquisa Reuters/Ipsos, no momento em que Israel e o Hamas consideram uma possível trégua na guerra que dura quase dois anos.

Cerca de 33% dos entrevistados não concordaram que os membros da ONU deveriam reconhecer um Estado palestino e 9% não responderam.

A pesquisa de seis dias, encerrada na segunda-feira, foi realizada semanas depois que três países, Canadá, Reino Unido e França, aliados próximos dos EUA, anunciaram que pretendem reconhecer o Estado da Palestina. Isso aumentou a pressão sobre Israel à medida que a fome se espalha em Gaza.

A pesquisa foi realizada em meio à esperança de que Israel e o Hamas concordem com um cessar-fogo para interromper os combates, libertar alguns reféns e facilitar o envio de assistência humanitária.

Duas autoridades disseram na terça-feira que Israel estava estudando a resposta do Hamas a um possível acordo para uma trégua de 60 dias e a libertação de metade dos reféns israelenses ainda mantidos em Gaza.

Reino Unido, Canadá, Austrália e vários de seus aliados europeus afirmaram na semana passada que a crise humanitária no enclave palestino devastado pela guerra atingiu 'níveis inimagináveis', com grupos de ajuda alertando que os habitantes de Gaza estão à beira da fome.

O escritório de direitos humanos das Nações Unidas disse na terça-feira que Israel não estava permitindo a entrada de suprimentos suficientes na Faixa de Gaza para evitar a fome generalizada. Israel negou a responsabilidade pela fome em Gaza, acusando o Hamas de roubar carregamentos de ajuda, o que o Hamas nega.

Uma grande maioria dos entrevistados da pesquisa Reuters/Ipsos, 65%, disse que os EUA deveriam agir em Gaza para ajudar as pessoas que enfrentam a fome, e 28% discordaram. O número de discordantes incluiu 41% dos republicanos, partido do presidente Donald Trump.

Trump e muitos de seus colegas republicanos adotam a abordagem 'America First' (América em primeiro lugar) nas relações internacionais, apoiando cortes acentuados nos programas internacionais de assistência médica e alimentar do país, acreditando que os fundos dos EUA devem ajudar os norte-americanos, não aqueles que estão fora de suas fronteiras.

A guerra em Gaza começou quando combatentes liderados pelo Hamas invadiram Israel em 7 de outubro de 2023, matando 1.200 pessoas e fazendo 251 reféns, de acordo com dados israelenses. Desde então, a ofensiva de Israel matou mais de 62.000 palestinos, mergulhou Gaza em uma crise humanitária e deslocou a maior parte de sua população, segundo autoridades de saúde de Gaza.

A pesquisa Reuters/Ipsos também mostrou que 59% dos norte-americanos acreditam que a resposta militar de Israel em Gaza foi excessiva. Trinta e três por cento dos entrevistados discordaram.

Em uma pesquisa semelhante da Reuters/Ipsos realizada em fevereiro de 2024, 53% dos entrevistados concordaram que a resposta de Israel foi excessiva e 42% discordaram.

A mais recente pesquisa Reuters/Ipsos, realizada online, reuniu respostas de 4.446 adultos norte-americanos em todo o país e teve uma margem de erro de cerca de 2 pontos percentuais.

Reuters

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