Marina diz que governo terá que criar estatuto de emergência climática para áreas de risco
Marina diz que governo terá que criar estatuto de emergência climática para áreas de risco
Reuters
05/06/2024
Atualizada em 05/06/2024
Por Lisandra Paraguassu
SÃO PAULO (Reuters) - A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, disse nesta quarta-feira que o governo precisará criar um estatuto de emergência climática para áreas de risco a fim de mobilizar todos os recursos que forem necessários, e alertou para a possibilidade de seca extrema no Pantanal e em outras regiões do país, inclusive no Rio Grande do Sul.
A declaração foi dada durante discurso em Brasília sobre as ações do ministério no mandato atual do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, marcando o Dia Mundial do Meio Ambiente.
'Nosso desafio é que todos os esforços feitos na hora do desastre são incomparavelmente insuficientes e mais caros se tivéssemos condições de ter ações de adaptação e preparação', disse a ministra.
O estatuto está sendo preparado por várias instâncias do governo e deve ser apresentado em breve para Lula, mas serão necessárias algumas mudanças jurídicas.
Uma das propostas é decretar previamente estado de emergência climática em 1.942 municípios onde o risco de desastres ambientais já estão definidos cientificamente. Isso permitiria ao governo liberar recursos e fazer ações de prevenção.
'O que estamos fazendo é orientar o que já existe para potencializar as ações de preparação, prevenção e mitigação, e verificando se teremos recursos adicionais', explicou a ministra.
As ações incluem por exemplo tratamento de encostas, drenagem de rios, mas podem incluir, disse a ministra, a revisão de algumas legislações. Uma delas seria um texto aprovado pelo Congresso em 2021 e que diminuiu pela metade a largura das faixas de preservação permanente sem construção a beira de rios e outros cursos d'água.
A intenção é ter também a possibilidade de mobilizar rapidamente estruturas e equipamentos, como helicópteros, aviões, e outros, em caso de necessidade, assim como ter bancos de voluntários e de equipes de salvamento que possam ser utilizadas em casos de desastres.
Reuters