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Mercado vê déficit primário menor neste ano e em 2025, mas dívida maior, mostra Prisma

Mercado vê déficit primário menor neste ano e em 2025, mas dívida maior, mostra Prisma

Reuters

14/10/2024

Placeholder - loading - Foto ilustrativa com moedas de 1 real 15/10/2010 REUTERS/Bruno Domingos
Foto ilustrativa com moedas de 1 real 15/10/2010 REUTERS/Bruno Domingos

BRASÍLIA (Reuters) - Economistas consultados pelo Ministério da Fazenda melhoraram suas previsões para o resultado primário do governo neste ano e em 2025, mas elevaram as projeções da dívida pública bruta em ambos os períodos, mostrou nesta segunda-feira o relatório Prisma Fiscal de outubro.

Segundo o relatório, a expectativa mediana agora é de saldo primário negativo de 63,832 bilhões de reais em 2024, ante visão anterior de déficit de 66,665 bilhões de reais. Para 2025, a expectativa para o resultado primário foi a um déficit de 88,380 bilhões de reais, ante 93,067 bilhões de reais no mês passado.

Em relação à dívida bruta do governo geral, os economistas agora esperam que ela chegue a 78,27% do Produto Interno Bruto (PIB) ao final de 2024, de 77,91% projetados em setembro. Em 2025, a previsão é de que a dívida chegue a 81,20% do PIB, ante projeção anterior de 80,61%.

Os dados vêm em meio a preocupações persistentes do mercado com a capacidade do governo de melhorar a trajetória fiscal, com dúvidas sobre o impacto de medidas arrecadatórias e incertezas em relação a cortes de despesas, enquanto o aumento nos juros básicos eleva o custo da dívida pública.

A meta do governo é zerar o déficit primário ao fim deste ano, também com alvo de déficit zero nas contas de 2025.

Para a arrecadação, a expectativa mediana subiu para este ano e o próximo. A nova projeção indica a entrada de 2,645 trilhões de reais em 2024, contra 2,634 trilhões de reais estimados no mês anterior. Em 2025, a arrecadação federal é vista em 2,799 trilhões de reais, contra 2,779 trilhões de reais projetados em setembro.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira que as compensações aprovadas pelo Senado para a desoneração da folha de empresas não serão suficientes para atender à decisão do Supremo Tribunal Federal, que exigiu essa cobertura, e, por isso, será preciso fazer um debate com o Congresso sobre o tema até o fim do ano, indicando a necessidade de aprovação de novas medidas arrecadatórias.

Os economistas consultados no Prisma ainda deixaram estável a projeção para as despesas totais do governo central neste ano -- em 2,210 trilhões de reais -- e elevaram a estimativa para 2025 -- 2,369 trilhões de reais, de 2,366 trilhões de reais em setembro.

(Por Bernardo Caram)

Reuters

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