Mercado vê melhora em resultado primário do governo em 2025 e piora em 2026, mostra Prisma
Mercado vê melhora em resultado primário do governo em 2025 e piora em 2026, mostra Prisma
Reuters
11/09/2025
BRASÍLIA (Reuters) - Economistas consultados pelo Ministério da Fazenda melhoraram s previsões para o resultado primário do governo em 2025, mas passaram a ver uma piora do dado em 2026, embora ainda prevejam um cenário mais benéfico para a dívida pública bruta nos dois anos, mostrou nesta quinta-feira o relatório Prisma Fiscal de setembro.
Os economistas agora esperam que o resultado primário em 2025 seja de um saldo negativo de R$69,990 bilhões, contra visão anterior de déficit de R$70,877 bilhões. Para 2026, a projeção para o resultado primário foi a um déficit de R$81,826 bilhões em setembro, ante R$81,064 bilhões no mês passado.
O governo tem como meta alcançar déficit zero em 2025 e superávit de 0,25% do PIB em 2026. Em ambos os casos, há uma tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB em relação ao centro da meta.
A pesquisa também mostrou que a expectativa mediana é que a dívida bruta do governo geral chegue a 79,74% do Produto Interno Bruto (PIB) ao final de 2025, abaixo dos 79,80% projetados em agosto. Em 2026, a previsão é de que a dívida alcance 83,80% do PIB, ante projeção anterior de 83,87%.
Do lado da arrecadação, a expectativa mediana da receita líquida do governo central subiu para este ano e o próximo. A projeção indica a entrada de R$2,325 trilhões em 2025, contra R$2,323 trilhões estimados em agosto. Em 2026, o dado é visto em R$2,499 trilhões, contra R$2,491 trilhões projetados há um mês.
Na frente dos gastos, houve aumentos nas previsões para as despesas do governo central neste ano, a R$2,396 trilhões, de R$2,395 trilhões anteriormente, e no próximo, a R$2,589 trilhões, de R$2,577 trilhões no mês passado.
O mercado tem demonstrado preocupação com a capacidade do governo de melhorar a trajetória das contas públicas, enquanto o choque nos juros pelo Banco Central eleva o custo da dívida pública.
(Por Bernardo Caram)
Reuters